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Dose de debate na mesa do bar

Estabelecimento de bairro boêmio de SP exibe programa da TV Globo com presidenciáveis

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Por Carla Araujo e Isadora Peron
Atualização:
Clientes assistem a debate em bar da Vila Madalena Foto: Alex Silva/Estadão

Diversos bares da Vila Madalena, reduto boêmio de São Paulo, sintonizaram os seus televisores no último debate entre os candidatos à Presidência exibido pela TV Globo na noite de ontem. A programação, nada convencional para uma sexta-feira à noite, dividiu a opinião dos frequentadores do bar Posto 6.

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“Eu acho que quem queria realmente ver o debate ficou em casa. O som alto incomoda um pouco”, disse a secretária Marcia Araújo, de 41 anos. Uma das amigas que a acompanhavam rebateu a opinião e disse que achava legal poder assistir ao debate no bar. Na mesa de cinco pessoas, três delas disseram que vão votar no candidato do PSDB, Aécio Neves, um disse que iria anular o voto e outra declarou-se indecisa. 

Na mesa ao lado, um eleitor da presidente Dilma Rousseff (PT) comentou que quase não estava conseguindo conversar com os amigos porque queria ouvir o que os presidenciáveis estavam dizendo. “Estou me distraindo o tempo todo olhando para o telão”, disse Leonardo Neves, de 25 anos. 

O casal Guilherme Magalhães e Maiza Jacobina, ambos na faixa dos 60 anos, disseram considerar importante assistir ao debate. Ele, que é arquiteto, disse que sempre votou no PSDB e que estava convicto em seu voto em Aécio. Já Maiza, que é figurinista, afirmou que vai anular o voto pela primeira vez na vida. “Sempre votei no PT, mas eu gostaria que o partido saísse do poder depois de todos esses escândalos de corrupção”, argumentou. 

A bancária Fernanda Costa, de 31 anos, era mais uma das convictas eleitoras de Aécio. “Vim comer e achei muito legal quando vi que ia passar”, afirmou.

No microcosmo do barzinho da Vila Madalena, a realidade eleitoral do País ficava evidente. Enquanto a maioria dos clientes de classe média/alta declarava apoio ao tucano, a maior parte dos 20 garçons que serviam as mesas, muitos deles de origem nordestina, se dizia a favor da presidente Dilma. 

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