PUBLICIDADE

Dilma ganha voto por 'dependência', diz aliado de Marina

Coordenador-geral da campanha da candidata, Walter Feldman afirma que presidente cria sistema de 'dependências' para conseguir apoio do eleitor e cita Bolsa Família como exemplo

Por ANA FERNANDES
Atualização:

São Paulo - O coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, afirmou nesta sexta-feira, 19, que a presidente Dilma Rousseff (PT) ganha votos mais "no nível de dependência do que da consciência". "A Dilma está aí há quatro anos, além de candidata é governo, por isso somos tanto contra a reeleição. Há a criação de dependências, o que não é bom para o sistema democrático. Sistemas como o Bolsa Família, elevados ao limite do terror e do medo, fazem com que qualquer outra candidatura que não seja ela (Dilma) não assegure a continuidade do programa", afirmou.

PUBLICIDADE

Ele aproveitou para criticar o governo e dizer que a reeleição da presidente seria negativa para o País. "O futuro de um governo Dilma seria incerto, dramático, que inclusive comprometeria ganhos sociais", disse.

Feldman avaliou ainda que a possibilidade de o candidato tucano Aécio Neves alcançar Marina e disputar uma vaga de segundo turno com Marina é muito pequena. "Não há nenhum sinal importante de crescimento dele e de que essa disputa vá se embolar. Nos parece consolidado o cenário de segundo turno entre Marina e Dilma", disse o coordenador.

O coordenador-geral afirmou também que a campanha avaliou os dados da pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta como sinal de estabilização da corrida eleitoral. "Apesar de tudo, as variações não são relevantes", disse. Segundo o coordenador, apesar dos boatos e mentiras usados pelo PT, Marina conseguiu se manter em um patamar elevado de intenções de voto. "Fizeram de tudo e não conseguiram, essa é a nossa avaliação. No tamanho do ataque, achamos que a variação foi pequena e que Marina manteve a solidez."

Questionado sobre a diminuição do tempo dedicado a ataques a Marina, no tempo de televisão da campanha petista, Feldman disse que Dilma diminuiu o ritmo porque percebeu que a estratégia se voltaria contra ela. "Eles perceberam que exageraram."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.