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Dilma diz que todos candidatos devem prestar explicações sobre tudo

Após o acidente que matou Eduardo Campos, surgiram dúvidas sobre a propriedade e financiamento para a compra do jato executivo Cessna 560XL

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Por Redação
Atualização:
Dilma aproveitou a entrevista para voltar a defender a reforma política com participação popular Foto: Ed Ferreira/Estadão

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que todos os candidatos têm que responder sobre tudo, ao ser perguntada sobre se a candidata do PSB, Marina Silva, deveria falar sobre as questões levantadas em torno do avião que caiu matando Eduardo Campos.

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Após o acidente que matou o então candidato do PSB à Presidência e mais seis pessoas no dia 13 de agosto surgiram dúvidas sobre a propriedade e financiamento para a compra do jato executivo Cessna 560XL.

"Eu não estou acompanhando isso porque não é objeto do meu mais profundo interesse", disse a presidente a jornalistas nesta segunda, no Palácio da Alvorada. "Agora, eu acredito que nós que somos candidatos inexoravelmente temos que dar explicação de tudo", disse.

"Candidato a qualquer cargo eletivo, principalmente a presidente da República está sujeito a ser perguntado sobre qualquer questão e deve responder", salientou, sem mencionar diretamente Marina Silva, que era vice na chapa de Campos e agora é a candidata do PSB.

Mais cedo, Marina já havia comentado o caso e prometido explicações do PSB sobre o assunto até terça-feira.

"O partido está juntando as informações e, no momento oportuno, entre hoje e amanhã estará dando as explicações para a sociedade", afirmou Marina, na primeira vez que falou sobre o assunto. [nL1N0QV1L3]

EFICIÊNCIA DO SERVIÇO PÚBLICO Dilma afirmou ainda que caso seja reeleita irá impor prazos para o serviço público e o atraso de licenças ambientais, por exemplo, não ficará sem punição. Ela não disse, porém, como pretende fazer isso. "O Estado tem que se desburocratizar, todos os padrões de gasto público têm que ficar extremamente explícitos e temos que fazer uma modificação no sentido de acabar com a falta de prazo", disse Dilma, referindo-se a uma reforma do Estado, que seria posta em prática caso ela seja reeleita. A burocracia do Estado no Brasil é um problema histórico e costuma ser apontada como um dos fatores mais maléficos para o investimento no país. Segundo ela, há nos governos "uma mania" DE que os funcionários públicos "não querem ter prazo", porque acreditam que isso representa "uma diminuição" de suas atribuições. "Se não sai uma licença da Anvisa alguém tem que ser responsabilizado, se não sair uma licença ambiental alguém tem que ser responsabilizado", explicou Dilma. A petista disse, entretanto, que esses prazos respeitarão todas as exigências legais. "O fato de eu ter prazo não significa que eu vou fazer uma coisa sem profundidade, sem minúcia, sem olhar todos os aspectos", comentou. Questionada sobre quais instrumentos ela pretende usar para estabelecer prazos, Dilma não deu detalhes. Disse apenas que isso teria que começar pela maior transparências dos gastos públicos. Dilma aproveitou a entrevista para voltar a defender a reforma política com participação popular.

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(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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