São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, apareceu pela primeira vez na propaganda eleitoral de Geraldo Alckmin na TV, candidato do mesmo partido ao governo de São Paulo. A participação do tucano ocorre cinco dias depois de o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa de Marina Silva, declarar apoio à candidatura no horário gratuito.
Aécio apareceu nos 26 segundos finais da propaganda tucana. "Alckmin representa a mais pura expressão de São Paulo: trabalho. É isso que os paulistas querem e é isso que ele tem dado", afirmou o candidato.
Antes da participação do presidenciável, Beto Albuquerque pediu votos a Alckmin ao final do horário eleitoral da quarta, 27. Apresentado como o "vice de Marina", o deputado resgatou o nome do ex-governador Eduardo Campos durante sua participação. "O sonho de mudar o Brasil, defendido por Eduardo Campos, está mais vivo do que nunca", disse.
Em São Paulo, o PSB é aliado da chapa tucana, em um apoio costurado por Campos, então presidente nacional da sigla, que indicou para a vice de Alckmin o presidente do PSB paulista, Márcio França, chefe do comitê financeiro da campanha presidencial. Como a aliança desagravada Marina, a agora candidata deixou para Beto Albuquerque cumprir os acordos feitos nos palanques estaduais.
Ataques. No restante da propaganda, Alckmin manteve os ataques à candidatura de Paulo Skaf (PMDB). O programa repetiu o conteúdo já exibido na semana passada e no rádio nesta manhã. A campanha tucana procurou associar o adversário à gestão peemedebista de Luiz Antônio Fleury (1991-1995), que, segundo a propaganda, "quebrou São Paulo".
Skaf também repetiu a propaganda com as respostas ao tucano. Skaf negou influência do ex-governador em sua campanha e acusou Alckmin de esconder seu vínculo com o PMDB. "Quando o senhor [Alckmin] fala do ex-governador Fleury, não esqueça que o vice-governador dele era Aloysio Nunes, seu grande amigo, hoje senador do PSDB e candidato a vice-presidente de Aécio Neves", disse Skaf.
O candidato do PT, Alexandre Padilha, por sua vez, exibiu trechos parecidos com programas anteriores, em que apresentou suas propostas para educação e prometeu acabar com a aprovação automática dos alunos.
