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Consultoria diz a clientes que Dilma é manutenção da 'mediocridade'

Em relatório sobre cenário eleitoral, economistas avaliam que "poste se transformou em porrete" e que situação atual da presidente deixa adversários em situação "desencorajante"

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Atualizado às 15h41

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São Paulo - A consultoria Rosenberg Associados divulgou nesta segunda-feira relatório a seus clientes em que diz que "só muita torcida contra pode impedir uma pessoa racional de perceber como Dilma é favorita" e que a confirmação do cenário mais provável para as eleições mostra "continuidade da mediocridade, do descompromisso com a Lógica, do mau humor prepotente do poste que se transformou em porrete contra o senso comum".

No relatório, assinado pela economista-chefe, Thaís Zara, pelos economistas Rafael Bistafa e Leonardo França Costa e pelo estagiário Eduardo Soares Bueno, a consultoria afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) está "plantada numa sólida diferença para os demais que, se não é confortável, é desencorajante" para os adversários, que terão bem menos tempo no horário eleitoral do que a petista. Para a Rosenberg, Dilma vai usar seu tempo para "alertar a classe baixa de que a elite está tentando anular suas conquistas e trazer de volta um passado de dificuldades".

Ainda no comentário, a consultoria diz que, com o cenário mais provável de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), São Paulo "tem tudo para continuar sendo o bastião da resistência ao bolivarismo". Na avaliação da Rosenberg, é "muito profunda a admiração do povo pelo seu governador discreto, muito enraizada a rejeição ao petismo para este quadro se alterar". Já ao Senado, a consultoria vê uma disputa "emocionante", em que a "rejeição visceral a (José) Serra equilibra a luta contra o surpreendente (Eduardo) Suplicy e o politécnico (Gilberto) Kassab".

O relatório ainda cita as denúncias da ex-contadora do doleiro Alberto Youssef na revista Veja para dizer que "mudam os práticos no Poder, mas não suas práticas".

Consultada pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, a economista-chefe, Thaís Zara, afirmou que o posicionamento da consultoria é de independência. "Não temos ligação com nenhum partido político."

No final de julho, um informativo elaborado pelo banco Santander com análise de conjuntura econômica apostava em piora da economia caso Dilma subisse nas pesquisas de intenção de voto. O texto provocou mal-estar entre integrantes do Palácio do Planalto e o PT criticou a conduta da instituição por entender que o informe poderia interferir na decisão do voto.

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A direção do banco se retratou publicamente e informou que os responsáveis pelo texto seriam demitidos. Dias depois, ao comentar o episódio, Dilma disse ser "inadmissível" que setores do mercado financeiro interfiram no processo eleitoral.

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