Confira dez momentos marcantes da campanha de Dilma Rousseff

Em meio a denúncias de corrupção na Petrobrás, candidata do PT destacou programas sociais e conquistas do governo anterior

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Por Redação
Atualização:
Dilma Rousseff dedica o último debate a ataques a seus adversários e fala sobre programas sociais Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo

Ao anunciar sua candidatura, em julho, a presidente adotou um discurso contra o que chamou de “campanha com ódio”. Ao longo do período, porém, Dilma travou embates em relação a propostas políticas com seus principais adversários, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). A candidata do PSB passou a ser o principal alvo da petista após sua ascensão nas pesquisas em intenção de voto, que chegaram a indicar que Marina poderia vencer no segundo turno das eleições. 1. Coro ‘volta Lula’ incomoda a presidente Incomodada com manifestações que pediam a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à disputa presidencial, Dilma se reuniu longe dos holofotes com o ex-presidente antes do encontro petista que aprovaria as diretrizes do programa do seu governo. Com a popularidade em queda e acossada no próprio partido, Dilma queria saber se o padrinho político gostaria de chefiar sua campanha. Na ocasião, Lula respondeu que o papel dele era de caixeiro-viajante que “vende” as obras do governo pelo País, mas cobrou mais “sangue nos olhos” de Dilma.

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2. Oficialização da candidatura Em 21 de junho, dias antes do prazo final para a oficialização de candidaturas, a presidente defendeu que o Brasil precisa “consolidar e aprofundar todas as conquistas”. Sobre eventuais ataques de adversários, advertiu que não abaixaria a cabeça. “Nunca fiz campanha com ódio, nem quando tentaram me destruir física e psicologicamente. Não agrido, mas também não fico de joelhos para ninguém.”

3. Programa de Dilma irrita gays ao falar de “opção sexual” O texto do programa de governo da candidata protocolado no Tribunal Superior Eleitoral causou descontentamento na comunidade LGBT. Na página 20, o texto utiliza a expressão “opção sexual” ao se referir a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A expressão adotada em organizações internacionais de direitos humanos é “orientação sexual”. Em nota oficial, o Setorial Nacional LGBT do Partido dos Trabalhadores afirma que foi “surpreendido”.

4. Banco Santander alerta clientes sobre piora na economia com ascensão de Dilma nas pesquisas Informativo com análise de conjuntura econômica distribuído para clientes do banco Santander com renda acima de R$ 10 mil fez um alerta: se a presidente Dilma se estabilizasse nas pesquisas de intenção de voto ou voltasse a subir, a bolsa cairia, os juros subiriam e o câmbio teria desvalorização. Em sua pagina na internet, o banco pediu desculpas e afirmou que apenas 0,18% dos seus clientes receberam esse tipo de extrato. Ressaltou, ainda, que o texto não reflete a posição da instituição.

5. Paulo Skaf nega apoio à candidata do PT Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, resistiu em apoiar a candidatura de Dilma Rousseff, cujo vice, Michel Temer, é presidente de honra de seu partido. O canditado do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, disse não ver risco no palanque duplo em São Paulo.

6. ‘Função da imprensa é divulgar, não investigar’ A presidente criticou o vazamento de informações da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás envolvido em esquema de corrupção na estatal. Dilma teve o acesso ao depoimento negado pela Procurdoria-Geral da República. “Quero ser informada se no governo tem alguém envolvido”, disse Dilma, que criticou o fato de detalhes dos depoimentos - inclusive nomes de envolvidos - terem sido publicados en meios de comunicação.

7. Dilma diz que não muda direitos trabalhistas ‘nem que a vaca tussa’ A candidata pelo PT afirmou que não muda direitos trabalhistas como férias, 13º salário e fundo de garantia dos trabalhadores. Ao ser questionada sobre a possibilidade de alterações na legislação trabalhista, Dilma disse que é possível fazer adaptações, mas garantiu que não mudará os direitos principais. “Lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora-extra, isso eu não mudo nem que a vaca tussa.”

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8. Presidente acusa Marina de ‘desvio de caráter’ Em um dos ataques mais contundentes à candidata Marina Silva, a presidente falou sobre a votação da CPMF e disse que a ex-ministra mentiu ao dizer que votou a favor da contibuição. “No caso da CPMF, ao contrário do que a candidata Marina diz, nas duas ocasiões em que houve votação, para criar e prorrogar, ela votou não. Ela disse na minha frente e de todo o Brasil que tinha votado sim. Não é verdade.”

9. Deputado diz que ‘dedo dos petistas’ nos Correios impulsiona campanha em MGEm reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, o deputado estadual mineiro Durval Ângelo (PT) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de voto em Minas, porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios”. PSDB acusou empresa de abuso político e pediu investigação à Justiça Eleitoral. Leia mais.

10. Dilma lança pacote anticorrupção que já está no Congresso Programa foi lançado após denúncias de corrupção envolvendo a Petrobrás. O pacote tem cinco iniciativas contra a impunidade e ao menos três delas correspondem, integral ou parcialmente, a propostas que já tramitam no Congresso Nacional, sem que o governo tenha agido para tentar aprová-las.

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