Mais de cem pessoas se reuniram neste sábado, 4, na frente da casa do candidato à presidência Levy Fidelix (PRTB), no bairro Campo Belo, zona sul de São Paulo, no segundo protesto contra o discurso do presidenciável durante o debate da Record, considerado ofensivo ao público LGBT. Diferente do 'beijaço' da terça-feira 30, o ato é marcado pela presença de vários candidatos ligados à causa LGBT pedindo votos na eleição deste domingo.
Gritando a frase "desce, Levy", as pessoas queriam que Fidelix pedisse perdão por sua fala e desistisse da candidatura. A Polícia Militar e a Polícia Civil acompanham a manifestação. O grupo bloqueou o acesso à Rua Pascal, em frente ao prédio do candidato, que não está em sua residência, pois cumpre agenda de campanha no ABC Paulista e no Guarujá.
Das sacadas, vizinhos de Levy demonstraram apoio ao movimento. Uma das moradoras chegou a estender uma bandeira com as cores da causa LGBT.
Organizado pelas redes sociais, o ato teve a confirmação de mais de cinco mil pessoas, mas apenas 150 foram ao local até esta tarde, segundo estimativas da Polícia Civil.
Mesmo defendendo um protesto apartidário, a maioria é membro de partidos como PSOL, PSTU e PT. Um dos organizadores é o candidato a deputado federal do PSOL Bill Santos. "Nós precisamos reforçar nossa campanha de votar em candidatos que defendam. São poucos que nos representam e peço aqui um empenho para eleger mais deputados."
Os ativistas leram, em conjunto, um manifesto contra a homofobia. "Viemos dizer que essa fórmula já é antiga. O nosso sexo não é só sistema excretor. Faz parte de nossa identidade de gênero e orientação sexual. Precisamos de mais direitos", afirmaram. Em seguida, realizaram um "beijaço".
No domingo da eleição, o grupo promete ir até o local de votação de Levy para fazer um novo protesto e tentar falar com o candidato.