Candidatos chegam à reta final dosando as táticas da pancadaria e da vitimização

Nos seis dias que faltam para os brasileiros decidirem quem governará o País nos próximos quatro anos, Dilma Rousseff e Aécio Neves se acusam de promover campanhas de baixo nível e tentam, agora, remodelar discurso

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Por Redação
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A partir desta segunda-feira, serão seis dias para que os candidatos ao Planalto convençam a maioria dos eleitores sobre o que fazer diante da urna. O clima tenso não deve se dissipar, mas a beligerância motivada pela indefinição do cenário eleitoral será mesclada com uma nova estratégia já colocada em prática: a da vitimização. Dilma Rousseff foi a público no domingo dizer em entrevista que o adversário “precisa aprender a respeitar as mulheres”. Já os tucanos contaram com uma entrevista emocionada da irmã de Aécio Neves, Andréa, na qual ela acusou o PT de atacar sua família de forma “covarde e desleal”. Além do palanque eletrônico de rádio e TV, os candidatos terão mais um debate, o da TV Globo, marcado para sexta-feira. No domingo, na TV Record, Dilma e Aécio tentaram se concentrar em propostas em vez de explorar os ataques pessoais, algo que marcou o confronto anterior da dupla, na semana passada, no debate do SBT. As acusações envolvendo a Petrobrás, porém, não ficaram de fora, assim como outras denúncias envolvendo gestões petistas e tucanas. Nas viagens finais, os dois candidatos também vão priorizar o Sudeste, região onde está a maioria dos eleitores do País. Dilma iniciará sua agenda com foco em São Paulo, local onde teve votação bem abaixo do esperado no 1.º turno. Já Aécio mantém a aposta de investir em Minas, onde, ao contrário do que esperavam seus aliados, ficou atrás da petista na primeira etapa da disputa. Enquanto isso, o Tribunal Superior Eleitoral tenta reduzir os ataques nas propagandas de rádio e TV após adotar um entendimento mais rigoroso. Desde quinta-feira passada, quando os ministros da corte concluíram que era preciso fazer algo diante do “baile do risca-faca” que estava se tornando o palanque eletrônico - o termo foi usado pelo presidente do tribunal, ministro José Antonio Dias Toffoli -, várias peças eleitorais foram retiradas do ar.

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