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Campanha de Dilma vai intensificar atividades de rua, diz Rui Falcão

Dirigentes do PT discutem estratégia para reta final da primeira etapa das eleições e senador Humberto Costa nega 'tática do medo'

Por CARLA ARAÚJO E RICARDO GALHARDO
Atualização:

São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, 5, ao chegar para reunião com os dirigentes nacionais do partido, em São Paulo, que a estratégia da campanha da presidente Dilma Rousseff é intensificar as ações de rua. "É rua, rua, rua, mobilização, energia e caminhar para a vitória", disse.

O presidente do PT, Rui Falcão Foto: Ed Ferreira/Estadão

Segundo ele, o objetivo do encontro desta sexta é atualizar as lideranças sobre o cenário eleitoral e "responsabilizar que cada dirigente" organize mais agendas para campanha. "Vamos conversar com toda a direção nacional sobre as mudanças das últimas semanas e principalmente fazer um chamamento, a mobilização de campanha de rua, porta de fábrica, escolas, bancos, além disso vamos responsabilizar cada dirigente para visita aos Estados nessa reta final da campanha", disse Rui. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), comentou, ao chegar para o encontro, a recente estratégia adotada pelo partido para tentar enfrentar o crescimento da candidata Marina Silva (PSB) e disse que não se trata de "tática do medo". "Não é a tática do medo. É a tática da verdade e fazer o debate político com as posições da Marina que começam a aparecer seja por ela ou pelo programa, confrontando as ideias", afirmou. Assim como Dilma tem defendido, Costa afirmou que é preciso mostrar as dificuldades que um eventual governo de Marina pode ter. "Acho que o que tem que ficar claro é que (Marina) terá dificuldade para ter governabilidade", disse. Costa comentou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai atacar Marina diretamente, "mas fazer o debate político". "Ele se sente desconfortável, tem uma relação de amizade, respeito", afirmou. O senador Jorge Viana (AC) evitou fazer críticas à condução da campanha até aqui, mas admitiu que as mudanças implantadas nos últimos dias melhoraram as condições da candidatura. "Nos últimos dois anos, ficamos nas cordas e não fizemos nada para sair. Agora estamos fazendo o certo ao fazer a defesa do governo." Saída não confirmada. O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse que ainda não decidiu se deixará a pasta para assumir um posto na coordenação de campanha. Ele disse que já tem participado das reuniões de coordenação como ministro. Se for para mudar de cargo, disse que será para fazer relações nos Estados, municípios e partidos da base.

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