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Brasileiro não quer 'ficar paralisado' como está, diz Marina

No horário eleitoral do rádio, candidata do PSB defende 'mudança' e afirma que eleitor não quer 'voltar para trás'; Aécio combate 'boatos' contra Bolsa Família e Dilma associa PSDB a 'passado'

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Por Lilian Venturini e José Roberto Castro
Atualização:

São Paulo - Com recados ao atual governo, o programa eleitoral no rádio desta terça-feira, 26, da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou que os brasileiros pedem "mudança" e "não querem ficar paralisados". Já Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) também falaram de mudança, mas destacaram a experiência administrativa dos dois. A petista manteve a estratégia de comparar os 12 anos de governos do PT às gestões tucanas.

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Ao sugerir que o Brasil parou, Marina faz referências aos ataques que o ex-governador Eduardo Campos, morto no último dia 13 de agosto, costumava fazer ao avaliar o governo Dilma e os índices de crescimento econômico. "O que elas (pessoas) falam é 'mudança'. Os brasileiros querem manter as conquistas, mas também querem corrigir os erros. Não querem ficar paralisados do jeito que estamos. Não querem voltar para trás e querem voltar para frente", afirmou a candidata.

Marina repetiu ainda o "não podemos desistir do Brasil", também menção a uma das últimas frases de Campos antes de morrer. Neste programa, Marina não apresentou propostas específicas, mas disse que espera ouvir notícias de um Brasil mais comprometido com saúde, educação, moradia e meio ambiente.

Dilma, por sua vez, evitou referências diretas à ex-ministra. A exemplo de programas anteriores, usou números de programas como o ProUni e Minha Casa, Minha Vida para comparar as realizações dos governos petistas às gestões tucanas. "Quem é mais jovem talvez não se lembre (...) mas seus pais certamente nunca esqueceram aquele tempo em que em que não podiam sonhar com a casa própria, que não podiam andar de avião", disse a presidente.

A petista associou o PSDB ao "passado" e também usou o gancho da mudança. Dilma disse saber que "ninguém vive de passado", mas usou o argumento de que é a mais preparada para "continuar mudando". "É importante que cada um se pergunte quem pode garantir mais avanços. Quem está ligado ao passado ou quem realizou o maior ciclo de mudanças da nossa história ", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou mais uma vez no final do programa. Usando um tom parecido com o de sua sucessora, Lula disse que foi o governo do PT que garantiu que "carro, viagem de avião e carne na mesa" fosse para todos".

O programa do PSDB enfatizou a experiência de Aécio à frente do governo mineiro, mas preocupado em dizer que o tucano "faz diferente". Logo no início da propaganda, o tucano se esforçou para combater "boatos de época de eleição" de que seria contra o Bolsa Família. "Bolsa família vai continuar no nosso governo, mas te pergunto, e o dinheiro pra ajudar no futuro?", questionou Aécio.

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Como alternativa, o tucano apresentou um programa implantado em Minas Gerais, o Poupança Jovem. Segundo a propaganda, os estudantes do ensino médio recebem R$ 1 mil a cada ano e o valor pode ser resgatado na conclusão dos estudos, desde que tenham bom desempenho e não se envolvam com o crime. "Para fazer diferente, melhor alguém que já fez diferente", dizia o locutor.

Além do perfil de bom gestor de Aécio - "que arrumou Minas Gerais" segundo um jingle - o tucano teve reforçado o lado pai. O candidato disse que leva a filha em viagens de campanha para que ela conheça o Brasil.

O candidato do PSC, Pastor Everaldo, voltou a falar em isenção de imposto de renda para quem ganha menos de R$ 5 mil.

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