São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira, 27, que o "Brasil não é para amadores". A crítica foi apenas uma da série feita pelo tucano alvejando indiretamente a adversária Marina Silva (PSB) que hoje aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
A pesquisa Ibope divulgada nessa terça mostrou a presidente Dilma Rousseff com 34% das intenções de voto, Marina com 29% e Aécio, agora em terceiro, com 19%. Nesta manhã, levantamento realizado pela MDA, contratado pela pesquisa MDA, mostra cenário parecido e diz que a ex-ministra venceria o tucano e Dilma em um eventual segundo turno.
"O Brasil não é para amadores. A complexidade dos problemas que nós temos pela frente demanda experiência e quadros", disse Aécio após inaugurar um programa de voluntários de sua campanha, em São Paulo.
O tucano disse reconhecer ter havido uma mudança "abrupta" no quadro eleitoral em razão da morte do ex-governador Eduardo Campos, mas afirmou que o novo cenário e seu desempenho nas pesquisas eleitorais não mudarão a estratégia de sua campanha.
"Temos o mesmo projeto e ele é o melhor para o Brasil. O País pagou muito caro pela inexperiência daqueles que estão no poder. Somos a mudança segura e responsável, com os melhores quadros", afirmou, ao fim do lançamento do site de voluntariado Vamos Agir. "As pesquisas importantes são aquelas feitas no dia da eleição."
O tucano voltou a dizer que seu projeto de governo não é "improvisado", em outra crítica indireta a Marina. "O Brasil não vai querer a continuidade do que está aí nem correr novos riscos. Somos a mudança segura que o Brasil aguarda", afirmou.
Durante o evento, Aécio fez críticas à gestão atual, criticando a falta de capacidade para reconhecer equívocos. "O governo acha que não tem inflação, que ela está igual a dez anos atrás. Acha que a saúde melhorou muito, que a questão da segurança não é responsabilidade dele e que o emprego gerado é suficiente", criticou. Segundo o tucano, a credibilidade do Brasil "foi embora" e o atual governo não tem como resgatá-la.