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Bancos negam irregularidade em empréstimo a socialite

BB diz que pendência financeira de Val Marchiori é ‘de baixo valor’ e empresa teve crédito aprovado; BNDES também não vê ilegalidade

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Por Redação
Atualização:

O Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negaram nesta terça-feira, 21, irregularidades no empréstimo de R$ 2,7 milhões feito para a apresentadora de TV e socialite Val Marchiori.

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A empresa de Val, a Torke Empreendimentos, recebeu empréstimo por meio de uma linha do BNDES - com juro subsidiado de 4% - para a compra de caminhões, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A reportagem informou que a empresária não pagou o empréstimo anterior que tomou no BB nem tinha capacidade financeira para receber o montante, o que inviabilizaria um novo empréstimo.

De acordo com nota divulgada pelo BB, a pendência financeira de Val no banco é “de baixo valor (R$ 963,90) e não vinculada, diretamente, à proponente, mas à empresa da qual ela era sócia dirigente em 2008”.

O BB afirmou que essa dívida é referente ao cartão de crédito empresarial usado normalmente por outro executivo da empresa. O banco argumentou que a análise de crédito se baseou na capacidade da Torke de honrar os débitos dentro de prazos estabelecidos em contrato. “Os pagamentos estão em dia e a operação se encontra em situação de absoluta normalidade.” 

Por meio da assessoria de imprensa, o BNDES negou que o empréstimo tenha contrariado as regras da Finame, linha de financiamento para máquinas e equipamentos. Os empréstimos desse tipo são operados por bancos repassadores, como o BB. “A referida operação seguiu todos os padrões usuais do BNDES. As regras da Finame preveem que empresas que comprem equipamentos financiados pelo banco possam arrendá-los, desde que o cliente possua como seu objeto social/atividade econômica a locação de bens”, informou o banco por e-mail. Segundo o BNDES, uma das atividades da Torke, conforme a classificação oficial usada pela Receita Federal, é a locação

Val Marchiori também negou ilegalidade. Em nota, disse que o empréstimo “seguiu todas as regras e normas exigidas pelos bancos envolvidos”, afirmou Val. “O Grupo, ao qual pertence a Torke Empreendimentos, possui (...) vários contratos em operação, com grandes empresas brasileiras, razão pela qual, além das receitas, demonstrou lastro financeiro para a concessão do financiamento”. / VICTOR MARTINS e VINICIUS NEDER

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