PUBLICIDADE

Ativistas dão 'beijaço' na Paulista em repúdio a Levy Fidelix

Cerca de 300 pessoas estiveram no vão do Masp para protestar contra declarações do candidato do PRTB à Presidência

PUBLICIDADE

Por Edgar Maciel
Atualização:

Mais de 300 pessoas se reuniram nesta terça-feira, 30, no vão do Masp, na Avenida Paulista e protagonizaram um beijaço contra as declarações homofóbicas do candidato à presidência da República Levy Fidelyx (PRTB) no debate do último domingo, na TV Record. O ato, organizado pelas redes sociais, ocupou a Avenida Paulista por volta das 18h, no sentido Rua da Consolação, carregando cartazes contra a homofobia e pedindo a impugnação da candidatura de Fidelix. "Levy foi um fascista, totalmente discriminatório e só deu respaldo para as opressões que os homossexuais sofrem no dia a dia", disse o estudante Renan Lira da Silva, de 17.

"A gente tem direito a beijar quem a gente ama e ser respeitado por isso. Não estamos buscando privilégios e sim igualdade", afirmou a socióloga Mariane Pisane, 25.

PUBLICIDADE

Questionado no último domingo pela candidata do PSOL, Luciana Genro, sobre o casamento homoafetivo, o presidenciável afirmou: "jogo pesado esse aí agora. Nesse, jamais eu poderia entrar." "Aparelho excretor não reproduz, disse, causando indignação na platéia. O candidato também disse que era necessário enfrentar a minoria e insinuou que a população brasileira poderia diminuir caso as famílias permitissem a homossexualidade. " O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para cem. Vai para a Paulista e anda lá e vê, é feio o negócio, né?"

Repúdio.

A Coordenação de Políticas para Diversidade Sexual, da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, divulgou uma nota hoje onde manifesta repúdio às declarações de Levy e fez referência à Lei 10.948/01, que pune administrativamente a discriminação por orientação sexual no Estado de São Paulo. O órgão pediu abertura de um processo administrativo contra o candidato, com multa que pode chegar a R$ 60.420,00.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.