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Artistas e intelectuais ignoram Aécio em manifesto de apoio a Alckmin e Serra

Documento de apoio a candidaturas tucanas foi lido em evento realizado na Livraria Cultura. Maestro Amilson Godoy atribui 'esquecimento' de Aécio a erro de digitação

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Por Ricardo Chapola
Atualização:
"Foi um erro de digitação de quem datilografou o documento. O nome do Aécio tinha que estar lá", disse Amilson Godoy Foto: Werther Santana/Estadão

Artistas e intelectuais ignoraram o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, no manifesto publicado nesta segunda-feira, 15, em apoio às candidaturas de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo e de José Serra ao Senado. Documento lido durante evento organizado pela equipe de campanha de Alckmin e alguns artistas citou apenas o governador e o ex-ministro, que estavam presentes.

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"Queremos declarar nosso apoio a José Serra para senador e ao governador Geraldo Alckmin como nosso candidato ao governo do Estado de São Paulo", diz o texto lido no Cinema da Livraria Cultura, na Avenida Paulista. O manifesto menciona os tucanos paulistas quatro vezes e chega a citar até o ex-governador Mario Covas.

O documento também continha demandas da categoria para o setor, como ampliar participação da sociedade civil na elaboração de políticas de cultura e de fortalecimento de projetos que já estão em andamento. Ele foi elaborado por um grupo de artistas, dentre eles o maestro Amilson Godoy, que atribuiu a falha a um "erro de digitação". "Foi um erro de digitação de quem datilografou o documento. O nome do Aécio tinha que estar lá", disse Godoy, que também leu o manifesto durante o evento ao lado de outros três artistas, como Beatriz Segall, o artista plástico Gilberto Salvador e o diretor de teatro Sérgio Ferrara.

Segundo o maestro, os artistas devem se retificar e explicar o ocorrido à cúpula do PSDB.

O local do evento estava enfeitado com material de campanha de Aécio, Alckmin e Serra. O mestre de cerimônias pediu voto aos três tucanos várias vezes entre a fala de artistas e autoridades que discursaram. Alckmin e Serra também não se esqueceram de mencionar Aécio no discurso. "Aécio está preparado para esse grande desafio que é a Presidência. E são nas últimas semanas que o voto se define", afirmou o governador. "Não damos a candidatura de Aécio como perdida. Em política temos sempre que estar abertos a surpresas", afirmou Serra em sua fala.

Outra autoridade que não deixou de mencionar Aécio no discurso foi o vereador Andrea Matarazzo, que pediu voto para os três candidatos.

Declaração de voto. Antes do início do evento, Beatriz Segall disse que não votará em Aécio e que apoia a candidatura da candidata do PSB, Marina Silva. Beatriz também criticou a postura dos adversários, que nas últimas semanas centraram fogo contra Marina. "Não vão conseguir derrubá-la. A Marina é muito forte", disse a atriz.

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O encontro contou também com a presença do apresentador Rolando Boldrin, do maestro Júlio Medaglia, do ex-ministro da Justiça José Gregori, do ex-embaixador Celso Lafer e do cineasta João Batista de Andrade.

Durante o seu discurso, Serra prometeu modificar a Lei Rouanet, mas evitou detalhar a proposta porque "poderia perder votos". "Vamos mexer na Lei Rouanet. Eu não vou abrir o jogo antes porque gera uma polêmica infinita e acaba tirando votos. Nunca é unanimidade então é melhor tratar do assunto depois de eleito", disse o tucano.

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