Análise: só vitória nacional apagará fracasso tucano no Estado

Pimenta acabou sendo presa fácil para o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel

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Por Marcelo de Moraes
Atualização:

O senador Aécio Neves (PSDB) pagou caro pela decisão de bancar a candidatura do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga para o governo de Minas Gerais. Longe de empolgar o eleitorado, Pimenta acabou sendo presa fácil para o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) e deixou que o governo mineiro saísse do controle dos tucanos depois de uma hegemonia de 12 anos, iniciada com a vitória em 2002 do próprio Aécio.

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Além de cravar os dois pés no segundo maior colégio eleitoral do País, a vitória do PT em Minas é histórica já que foi o primeiro governador eleito pelo partido nos três Estados que concentram o maior número de eleitores (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro). Anteriormente, no Rio, a petista Benedita da Silva chegou a governar o Estado por oito meses, mas herdando o cargo como vice depois que o então governador Anthony Garotinho renunciou ao cargo.

Politicamente, perder o controle de Minas é um baque para Aécio, já que isso enfraquece regionalmente. Mas, na prática, o expressivo desempenho na corrida presidencial compensa com sobra essa derrota. Afinal, depois de ser dado como virtualmente batido, Aécio se recuperou e reverteu nas últimas semanas uma situação que poderia comprometer seu futuro político.

Agora, com a votação no primeiro turno, Aécio passa a ser novamente competitivo na disputa pelo Planalto. Uma vitória nacional apagaria o fracasso regional e é nisso que Aécio aposta agora. Na prática, para isso, ele precisará melhorar muito seu desempenho entre os eleitores mineiros, já que perdeu para a presidente Dilma Rousseff em Minas por mais de 400 mil votos. 

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