Os candidatos a governador de São Paulo, neste sábado, 23, na Band, se uniram nos ataques à gestão do PSDB, mas no geral pouparam a figura do governador tucano Geraldo Alckmin, que não estava presente em razão de uma infecção intestinal aguda e que tem a aprovação de 47% do eleitorado.
Há 20 anos no Palácio dos Bandeirantes, a administração do PSDB foi esculhambada em quase todos setores.
Sem Alckmin no estúdio, a defesa do governo ficou por conta da propaganda eleitoral do tucano, que aparecia nos intervalos do debate.
O candidato do PMDB, Paulo Skaf, foi o que mais personalizou as críticas. Em segundo lugar nas pesquisas, ele busca a polarização com Alckmin e sugeriu que o governador era "lento" e "ineficiente".
O peemedebista chegou a levantar o pulso direito ao falar sobre a necessidade de comando da polícia.
De olho no eleitorado mais conservador e órfão do malufismo - e que hoje está alinhado ao PSDB -, Skaf centrou as criticas na área da segurança.
Os adversários também evitaram polemizar entre si. Era esperado um embate entre Skaf e o petista Alexandre Padilha, na corrida por uma vaga no segundo turno. Mas os dois, cujos partidos são alinhados na disputa nacional com a dobradinha Dilma Rousseff e Michel Temer (PMDB), evitaram o enfrentamento. Padilha, inclusive, pegou leve com Alckmin, tentando atrair o eleitor que aprova o tucano, além, é claro, de reforçar suas bandeiras, como o Mais Médicos.
Quem ocupou o papel de franco atirador foi o vereador Laércio Benko (PHS). Num dos melhores momentos do debate, tentou arrancar de Skaf quem seria o seu candidato a presidente com o intuito de expor contradição entre o fato dele ser do partido de Temer, mas dizer que é oposição ao PT em São Paulo.
Mesmo sem chuchu, o debate foi insosso.