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Alckmin responde a Skaf e critica lei 'frouxa' em segurança

Após candidato do PMDB dizer que falta 'tesão' a tucano, governador relembra na propaganda eleitoral os governos do partido adversário no Estado e afirma que 'não vale a pena ver de novo'

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Por Lilian Venturini
Atualização:

São Paulo - Ao relembrar os dois governos do PMDB no comando do Estado, a campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que "tem coisa que não vale a pena ver de novo", em seu programa eleitoral no rádio da tarde desta sexta-feira, 22. Os ataques são veiculados dois dias depois de seu adversário Paulo Skaf (PMDN) dizer, também no horário eleitoral, que faltava "tesão" no estilo de governar do tucano.

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Já no início do programa tucano, o locutor afirma que a segurança no Estado estava ruim quando "o PMDB de Skaf" esteve à frente do Palácio dos Bandeirantes, em referência às gestões de Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho, que governaram São Paulo entre 1987 e 1995. "O PMDB de Skaf, quando governou o Estado de São Paulo, a violência corria solta", disse o locutor. "Tem coisa que não vale a pena ver de novo", finalizava o texto.

Após isso, o programa de Alckmin destacou ações de sua gestão no combate à criminalidade e sua defesa pelo projeto de lei que prevê penas mais duras a menores infratores. "Nós não pudemos mais aceitar que nossas polícias prendam e a lei atual, que é frouxa, solte. É preciso acabar com a impunidade, que deseduca." Apenas os trechos sobre os investimentos feitos em segurança pública, sem os ataques a Skaf, foram repetidos na propaganda na TV

Na estreia do horário eleitoral na TV, na quarta-feira, 20, Skaf afirmou que Alckmin não enfrentava os problemas do Estado "com tesão" e que seu estilo de governo era "meio frio" e "meio distante". O tucano por sua vez, disse que para governar o Estado precisava currículo e não bastava "boa intenção", em provocação aos rivais Skaf e Alexandre Padilha (PT), que nunca exerceram cargos públicos eletivos.

Nesta sexta, Skaf usou os programas no rádio e na TV para rebater a ideia de que é inexperiente. "Acho engraçado quando falam em experiência, quando a experiência que eles têm não é boa", afirmou. O candidato do PMDB repetiu na TV o programa de rádio, em que destacou sua experiência no comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Sesi e do Senai.

Alexandre Padilha (PT) também dedicou espaço para seu currículo, em espaço para sua gestão no Ministério da Saúde, quando criou o programa Mais Médicos. O petista, no entanto, priorizou as críticas à qualidade dos serviços públicos oferecidos no Estado. A campanha colocou imagens do metrô lotado e declarações de populares com queixas de falta de água, falta de professor na rede pública e relatos de assalto. "Ninguém pode se confirmar que o governo do Estado não consegue transformar essa riqueza numa vida melhor", disse Padilha.

O candidato ainda fez menções às denúncias de formação de cartel no setor metroferroviário. "[É preciso] combater e não esconder a corrupção para não atrasar mais as obras do Metrô", afirmou.

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A propaganda trouxe mais uma vez a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, ao final, apresentou Padilha como o "candidato do Lula e da Dilma". A campanha petista foi a única até o momento a mencionar os candidatos à Presidência.

Os demais candidatos também repetiram os programas exibidos no rádio.

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