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Aécio perde para Dilma em Minas

Candidato do PSDB fica atrás de presidente no Estado onde fez sua carreira política; PT também conseguiu elegeu um governador em MG

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

 Aécio foi derrotado por Dilma em Minas Gerais, Estado onde nasceu e construiu sua carreira política como governador (2003 e 2010) e senador antes de se lançar candidato à Presidência. Dilma obteve 43,48% dos votos contra 39,75% de Aécio, com uma diferença de pouco mais de 400 mil votos. Marina teve 14%. Na capital do Estado, Aécio levou vantagem com 53,87% ante 25,11% de Dilma Rousseff e 16,25% de Marina. 

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Neste ano, Dilma levou vantagem em toda a região norte e também nos municípios mais populosos como Uberlândia (40,86% a 33,32%), Juiz de Fora (44,46% a 27,68) e Betim (43,9% a 31,63%). Nos três locais, Marina ficou na casa dos 20%. Aécio, por sua vez, ganhou em Contagem (39,88% a 36,04%) e em São João Del Rey (54,64% a 31,61%), cidade onde nasceu seu avô. 

A vitória de Dilma foi conquistada ao mesmo tempo em que o PT chega ao governo estadual no primeiro turno pela primeira vez. Depois de 12 anos, o PSDB perdeu o controle do Estado, e o petista Fernando Pimentel venceu no primeiro turno. Em 2008, Pimentel e Aécio firmaram uma aliança para eleger Márcio Lacerda (PSB) como prefeito de Belo Horizonte, posiciomento que motivou inúmeras críticas entre os petistas. Em 2014, Pimentel enfrentou o grupo de Aécio e o derrotou. Curiosamente, o petista quase não usou a imagem da presidente Dilma em sua campanha. Até o vermelho do PT ficou em segundo plano. 

Em 2010, a capital mineira havia escolhido Marina como a preferida: ela conquistou 39,88% contra 30,92% de Dilma e 27,73 % de Serra. A candidata do PT, no entanto, havia sido a vencedora em Uberlândia, Juiz de Fora, Betim e Contagem. São João Del Rey já havia sido território de vitória tucana com José Serra.

Embora Aécio tenha sido superado por Dilma em 2014, ele teve um desempenho superior ao de Serra, em 2010. Em quatro anos, o PSDB passou de 30,76% para 39,75% no segundo maior colégio eleitoral do País, números que ajudam a explicar a ascensão de Aécio na reta final da campanha e a chegada ao segundo turno. 

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