O que muda em sua campanha com essa decisão do STF? Acabou o disse me disse. Era voz corrente no meio político que eu não seria candidato e que eu era carta fora do baralho. Agora tenho tranquilidade para ir em frente.
Como o processo no STF prejudicou sua pré-candidatura? Alguns partidos ficaram com medo de me acompanhar e foram para outros lados.Até havia uma razão para isso. Para um partido político é muito ruim ficar sem candidato majoritário. Seria um estrago muito grande e um risco de não eleger vereadores.. Eles estavam procurando segurança.
A Procuradoria Geral da República ainda pode recorrer da decisão da Segunda Turma... Eles não podem recorrer mais porque o recurso era meu e não recorreram na primeira instância. O caso está encerrado
O que achou dos votos da ministra Carmen Lúcia e do ministro Teori Zavascki, que defenderam a condenação? Talvez eles não tenham estudado tanto o processo quanto o (Dias) Toffoli. Eu não assisti ao julgamento, mas os advogados fizeram alguns comentários. O ato 72 da Mesa (Diretora da Câmara) é muito claro sobre dedicação exclusiva e dedicação integral. A dedicação integral é nas 40 horas semanais. Passadas às 40 horas, podem fazer o que quiser. Vou dar um exemplo. A maioria dos deputados tem assessores de imprensa que exercem atividades em orgãos de imprensa. São nomeados pela Câmara.O ministro Toffoli foi assessor parlamentar e conhece o processo. O voto dele, que foi o mais longo, deixou isso bem claro. Além disso, o crime imputado a mim foi atípico. O peculato tira ou furta alguma coisa. Peculato na modalidade desvio foi criado para esse caso. Não existe isso.
Antes do julgamento, você foi assediado por outros candidatos? Tenho um bom relacionamento com todos, tirando o (Fernando) Haddad: Marta, Doria, Olimpio e Erundina. Eles sempre me ligam e a gente conversa. Não posso dizer que as conversas tenham tido a intenção de uma aproximação para o caso de eu perder o processo. Na política, a gente tem que conversar com todo mundo. Só não converso com o Haddad.