Gilberto Kassab (PSD) oscilou de 7% para 8%. Há ainda 15% de eleitores indecisos e 10% de brancos e nulos. Os demais candidatos ao Senado somam 6%. Isso significa que a corrida pelo Senado só deve ser decidida na reta final da campanha. Não apenas porque a distância entre os favoritos é pequena, mas porque há muito espaço para conversão de eleitores.
Suplicy tem um perfil de eleitorado diferente dos outros candidatos petistas. Ele vai melhor entre os de renda e escolaridade mais altas: empata com Serra no eleitorado de nível superior, e supera o tucano entre quem ganha mais de 5 salários mínimos. Serra abre vantagem entre os mais pobres e menos escolarizados - um eleitorado onde Dilma Rousseff vai melhor.
À medida que se torna mais associado a Dilma e a Lula através da propaganda eleitoral, Suplicy tende a crescer nesse segmento. Hoje, só 46% dos eleitores de Dilma em São Paulo votam nele, enquanto outros 29% declaram voto no candidato a senador do PSDB. É um segmento onde o petista, teoricamente, pode crescer. Ele vem crescendo nos que ganham até 2 salários mínimos: 18%, para 21% e 25%. Mas a recíproca também é verdadeira.
Apenas metade dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) declara voto em Serra para senador. Nada menos do que 23% dos alckmistas dizem que vão votar em Suplicy. Se o governador intensificar a campanha ao lado do correligionário tucano, Serra pode tomar votos do petista nesse segmento. Ou seja, tanto Serra quanto Suplicy dependem do apoio explícito e intensivo de seus colegas de partido para aumentarem suas chances na disputa.
A pesquisa Ibope foi feita entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, em 87 municípios do Estado de São Paulo. Foram feitas 1.806 entrevistas face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no TRE-SP com o número de protocolo SP-00021/2014, e no TSE como BR-00492/2014.
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