PUBLICIDADE

Ranking 2016 dos prefeitos das capitais

O ranking Ibope dos prefeitos das capitais analisado aqui em primeira mão mostra que os quatro primeiros colocados se reelegeriam no primeiro turno se a votação fosse hoje. Dos 20 candidatos à reeleição nos centros do poder de cada Estado, eles são os únicos franco favoritos. Suas gestões são aprovadas pela imensa maioria da população, são rejeitados no máximo por um quarto e estão muito mais presentes na cabeça do eleitor.

Por Jose Roberto de Toledo
Atualização:

Os campeões de popularidade são, pela ordem, Teresa Surita (PMDB - Boa Vista), ACM Neto (DEM - Salvador), Marcus Alexandre (PT - Rio Branco) e Luciano Cartaxo (PSD - João Pessoa). De seu desempenho depreende-se que quem tem saldo de popularidade acima de 30 pontos tem também intenção de voto acima de 50%. Não basta ter taxa de ótimo/bom alta: a de ruim/péssimo tem que ser baixa.

PUBLICIDADE

Em comum, sua intenção de voto espontânea é superior a 30%. Significa que praticamente um terço ou mais dos eleitores tem seu nome na ponta da língua e responde que votaria nele antes de mesmo ser apresentado à lista de candidatos pelo pesquisador.

Ao mesmo tempo, a taxa de rejeição múltipla (quando o eleitor é estimulado a citar mais de um candidato em quem não votaria de jeito nenhum) dos super populares não passa de 25%. Por causa ou consequência, quando se dá ao eleitor apenas duas possibilidades de avaliação (sem chance de se optar pelo "muro" do "regular"), dois terços ou mais dizem que aprovam sua administração. Esses prefeitos convertem 4 de 5 aprovações em intenção de voto.

Com 41% de ótimo/bom e apenas 11% de ruim/péssimo, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), teria potencial para estar nesse grupo, mas desistiu de reeleger-se e perdeu influência.

Publicidade

O segundo grupo de candidatos à reeleição vem a seguir no ranking. São prefeitos com taxa de ótimo/bom maior do que a de ruim/péssimo, mas que não chegam aos 30 pontos de saldo. Eles também lideram as pesquisas de intenção de voto do Ibope em suas cidades, mas muito provavelmente teriam que disputar o segundo turno se a eleição fosse hoje. São favoritos, mas dependem de uma boa campanha e de não cometer erros graves.

Os quatro são Carlos Eduardo Alves (PDT - Natal), Firmino Filho (PSDB - Teresina), Arthur Virgilio Neto (PSDB - Manaus) e Roberto Claudio (PDT - Fortaleza). Os dois primeiros aparecem com mais de 50% dos votos válidos, mas a taxa de branco e nulo também é alta e muita coisa deve mudar até o dia da eleição.

O terceiro grupo é heterogêneo. Tem sete candidatos com saldo ligeiramente positivo ou negativo. São líderes por pequena margem, ou dividem a liderança da intenção de voto ou estão em segundo lugar. São os casos de Rui Palmeira (PSDB - Maceió), Geraldo Júlio (PSB - Recife) e Gustavo Fruet (PDT - Curitiba). Devem ir ao segundo turno, mas a disputa é apertada.

O quatro grupo é formado por cinco candidatos à reeleição cuja taxa de desaprovação é maior que a de aprovação. Embora alguns até apareçam em segundo lugar na intenção de voto, têm alta rejeição. Mesmo que cheguem ao segundo turno, terão que enfrentar adversários que são rejeitados por menos eleitores. São os casos de João Alves Filho (DEM - Aracajú), Zenaldo Coutinho (PSDB - Belém) e Alcides Bernal (PP - Campo Grande).

De todos os prefeitos de capitais candidatos à reeleição, a situação mais difícil é a de Fernando Haddad (PT - São Paulo). Tem a menor taxa de aprovação (19%), o pior saldo de avaliação (-44 pontos) e a menor intenção de voto: 9%. Não está só entre os governantes das metrópoles brasileiras, porém.

Publicidade

A maldição do segundo mandato se abateu sobre os prefeitos das maiores capitais. Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Márcio Lacerda (Belo Horizonte) e José Fortunati (Porto Alegre) têm saldo negativo e dificuldades para emplacar seus sucessores.

PUBLICIDADE

...

MUNICÍPIO DATA DE REGISTRO Nº TRE Aracaju 17/ago SE-09510/2016 Belo Horizonte 16/ago MG-04289/2016 Curitiba 17/ago PR-04300/2016 Fotaleza 16/ago CE-00609/2016 Goiânia 16/ago GO-08556/2016 João Pessoa 18/ago PB-06426/2016 Macapá 18/ago AP-05182/2016 Maceió 16/ago AL-00088/2016 Manaus 18/ago AM-00754/2016 Natal 17/ago RN-03933/2016 Palmas 16/ago TO-00332/2016 Porto Alegre 16/ago RS-09253/2016 Porto Velho 18/ago RO-01266/2016 Recife 16/ago PE-02025/2016 Rio de Janeiro 17/ago RJ-06567/2016 Salvador 04/set BA-08025/2016 São Paulo 17/ago SP-07072/2016 Teresina 16/ago PI-06717/2016 Vitória 17/ago ES-00162/2016 Florianópolis 20/ago SC-0716/2016 Belém 21/ago PA-06401/2016 Rio Branco 23/ago AC-04434/2016 Boa Vista 23/ago RR-01941/2016 São Luís 24/ago MA-08827/2016 Campo Grande 28/ago MS - 07484/2016 Cuiabá 27/ago MT - 04797/2016

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.