1) Inércia: os movimentos da reta final de campanha são os mais importantes, porque acomodam os eleitores indecisos ou que estão mudando de voto. Toda a movimentação dos últimos dias foi favorável a Aécio e desfavorável a Marina. Ele está em ascensão, e ela, em uma curva de queda continuada há um mês.
2) Aceleração: Aécio cresceu cinco pontos em apenas dois dias, de 22% para 27% dos votos válidos, enquanto Marina caiu quatro pontos, de 28% para 24%, no mesmo período. Esse movimento mais rápido na última hora é um bom sinal para o tucano. É similar ao que aconteceu com Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB) na reta final do primeiro turno da eleição paulistana de 2012 e deu Haddad.
3) Vantagem probabilística: a diferença de três pontos, embora configure empate técnico (Aécio poderia ter no mínimo 25%, e Marina, no máximo 26%), confere favoritismo ao tucano. Considerada a margem de erro, há mais combinações de resultado que o favorecem do que a ela. Das 25 possíveis, 22 o deixariam em segundo lugar, duas os deixariam empatados e só uma (26% a 25% para ela) levaria Marina ao segundo turno.
Mesmo assim, embora bem menor, ainda há uma possibilidade de Marina ir para o segundo turno. O que não há é chance de não haver segundo turno. ..