Na inauguração da exposição, Idibal Pivetta, que teve destacada atuação na 2.ª Auditoria Militar, em São Paulo, relembrou o início de suas atividades nessa área. "Quando comecei a trabalhar na Auditoria, telefonei para o Mário Simas, que já militava, para saber como era o negócio. Era muita coisa importante a ser feita. Salvar vidas, tirar as pessoas da tortura e principalmente informar o exterior do que estava acontecendo aqui, evitando que outras pessoas fossem mortas, assassinadas", contou.
Mário Simas, por sua vez, recordou que o Memorial funciona no mesmo lugar que abrigou um dos mais temidos centros de tortura do País, a sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops). "Aqui houve mortes, desrespeito, tortura, houve tudo que se possa imaginar de ofensivo à dignidade humana", afirmou. "Mas aqui estamos nós, hoje, em regozijo, naquilo que foi o cárcere e falando em liberdade, fraternidade e em luta."
O Memorial da Resistência fica no Largo General Osório, no Bairro da Luz. A exposição segue até 23 de fevereiro e pode ser vista de terça a domingo, das 10 às 17h30.
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