Além de militante histórica dos movimentos negro e feminista, Matilde é filiada ao PT, tem ligações com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dirigiu durante quase cinco anos a Secretaria Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir). Ela chegou ao ministério em 2003, pelas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pediu demissão em 2008.
Saiu em meio a uma série de denúncias sobre gastos considerados excessivos com os cartões de crédito corporativos distribuídos pelo governo federal a funcionários, para despesas emergenciais. Ela reconheceu que agiu de forma errada, seguindo orientação de assessores,e disse que teria corrigido o problema antes, se tivesse sido alertada.
Para alguns setores do PT, Matilde não teve culpa e se demitiu por pressão da mídia. Sua indicação para a secretaria seria uma forma de redimi-la e de aproveitar seus conhecimentos na área. Para outros setores, porém, a escolha poderia criar polêmicas e constrangimentos desnecessários no início do mandato de Haddad.
No plano federal, a Seppir tem sido tradicionalmente disputada entre o PT e o PC do B. Em São Paulo não será diferente. Na longa lista de cotados para a nova pasta também figuram os nomes de Leci Brandão, deputada estadual pelo PC do B, e Flávio Jorge Rodrigues da Silva, militante do movimento negro, mais próximo do PT.
Acompanhe o blog pelo Twitter - @Roarruda