O grupo acampado na Esplanada é formado por índios provenientes de 21 terras do Rio Grande e de Santa Catarina, segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). De acordo com um dos seus líderes, eles vão permanecer ali até o Ministério da Justiça dar andamento a processos paralisados há mais de dois anos.
O bloqueio da BR-285 foi organizado por índios da etnia Kaingang. Essa foi a segunda vez, em menos de um ano que eles interromperam o tráfego naquela rodovia. Eles também ocuparam hoje a sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Passo Fundo.
Segundo o Cimi, na maioria dos casos citados pelos índios em suas reivindicações a Funai iniciou o processo de demarcações das terras, mas não finalizou. Ainda segundo a organização, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), existem dezenas de acampamentos indígenas à beira das estradas gaúchas, à espera de ações do governo federal.
Em Brasília, os índios solicitaram uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Pretendem entregar a ele um documento com suas reivindicações.