Também estão previstas manifestações em outras capitais. Em Brasília as centrais vão se reunir diante da sede da Confederação Nacional das Indústrias.
O assunto ainda sendo discutido entre as centrais, o governo federal, empresários e parlamentares. Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, porém, há poucas chances de alterações no projeto até segunda-feira, 5, quando termina o prazo de reuniões do grupo quadripartite. Os sindicalistas acusam os empresários de intransigências nas negociações.
"No estágio em que está a discussão, estamos longe de um acordo", disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, ao sair de uma reunião realizada na terça-feira, 30, entre representantes das centrais, para avaliação do andamento das negociações.
O texto do projeto, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO),já recebeu aval do relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara (CCJC), e aguarda votação. Ela está prevista para o dia 13.
Diante da resistência do governo e dos empresários, as centrais estão reforçando os apelos aos sindicatos para que fortaleçam as manifestações do dia 6. As entidades também querem esclarecer a população sobre os riscos que o projeto de lei pode trazer para os trabalhadores.
De acordo com estudo realizado em 2011 pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em colaboração com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre terceirizados.
A estimativa é de que o número de trabalhadores terceirizados no Brasil chegue a 10 milhões de terceirizados, o equivalente a 31% dos 33,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país, segundo informações divulgadas pela CUT.
As manifestações da terça, segundo as centrais, poderão desaguar numa paralisação nacional, caso não se consiga um acordo no Congresso.
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