Segundo representantes dos funcionários, o Incra vive um processo de agonia. Entre outros motivos, essa morte lenta seria causada pelo contingenciamento de verbas e as disputas internas por cargos. Estariam envolvidos nessa disputa movimentos de sem-terra, tendências do PT e também o PMDB.
Os funcionários ainda incluem entre as causas o descaso do governo com a instituição. No protesto de hoje em Brasília eles promoveram a troca simbólica do nome do edifício onde funciona a presidência do Incra. No lugar de Palácio do Desenvolvimento, puseram Palácio do Subdesenvolvimento.
Teoricamente, o Incra deveria dar conta do processo de reforma agrária, que inclui a assistência aos assentamentos já existentes e a criação de outros. Também caberia à instituição estimular o desenvolvimento em áreas de quilombolas e ribeirinhos. No total, seriam quase 10 milhões de pessoas abrangidas pelos seus serviços.