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Skaf nega aliança com PT em SP, critica tucanos, mas poupa Mercadante

Jair Stangler

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Por Jennifer Gonzales
Atualização:

O candidato do PSB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, negou que tenha uma aliança informal com o PT para levar a eleição para o segundo turno, mas criticou as gestões tucanas em São Paulo, poupou o candidato Aloizio Mercadante (PT) e  enalteceu realizações do governo Lula. Skaf participou de sabatina na TV Estadão nesta quarta-feira, 1º.

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Primeiro, o candidato afirmou que "não entraria na política aos 55 anos para ajudar alguém a atingir algum objetivo". O presidente licenciado da Fiesp disse que entrou na disputa "para ir ao segundo turno, para vencer a eleição."

A estratégia de poupar Mercadante, no entanto, ficou clara quando o empresário foi perguntado sobre suas diferenças com o petista. Skaf não deixou claras suas divergências e afirmou que sua preocupação é "mostrar o candidato." E acrescentou: "Quem será o governador sou eu. Tenho apresentado minhas ideias, trazer essa visão do setor privado de trazer resultado para as coisas. O principal problema é falta de gestão. Minha preocupação é pedir um voto de confiança porque todos os outros já tiveram oportunidade."

O candidato ainda agradeceu o apoio da candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff e disse retribuir seu apoio.

Questionado sobre críticas aos tucanos, Skaf iniciou sua fala dizendo que não gosta de criticar, mas foi categórico ao afirmar que "a saúde, a educação e a segurança pública estão muito ruins" em São Paulo. E acrescentou que "é importante que fique claro para as pessoas que o bom momento da economia é mérito do governo Lula."

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Skaf afirmou ainda não estar acompanhando a parte financeira de sua campanha. "Tenho pessoas sérias acompanhando isso. Os recursos estão sendo captados, as contas estão sendo pagas, estou satisfeito", explicou.

O candidato, que é empresário, se definiu como "socialista moderno. " Para Skaf, o socialismo moderno é preocupado com dar oportunidade a todos, e o melhor jeito de fazer isso é com educação.

As perguntas foram feitas pelos jornalistas Adriana Carranca e André Mascarenhas. O debate foi mediado por Roberto Godoy. Confira os melhores momentos:

 Foto: Estadão

18h03 - Termina a sabatina.

18h02 - Em sua fala final, Skaf diz que São Paulo não pode ter a velocidade que está tendo, critica lentidão no Rodoanel e para melhorar o transporte público. "Eu estou animado, quando vejo tudo isso, eu vejo que posso ajudar."

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17h58 - Sobre segurança pública, Skaf diz achar interessante sobre quando Alckmin fala sobre queda de homicídios. "Quando estou em um grupo, pergunto quem já foi assaltado, metade foi assaltada uma vez e metade mais de duas". Depois, diz que vai investir em inteligência. "Nós vamos fazer controle de divisas. Eu não vou ser governador chorão. Os traficantes vão sentir dificuldades de entrar pelas nossas divisas. Vamos buscar sinergia entre as polícias. Vamos dar uma reorganizada na polícia, com padrões modernos."

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17h56 - Skaf diz não existe investimento na prevenção de São Paulo. "As Santas Casas estão todas com dificuldade, então isso é fato, é o que acontece. Nós temos equipamento ociosos. Nós temos de reorganizar a saúde. Temos de fazer os equipamentos que estão aí parados."

17h53 - "Quando falo em nove anos, é para implementar o ensino em tempo integral. Num primeiro momento é preciso fazer com que haja melhoria na qualidade do ensino. O importante da criança não é ir para a escola, é aprender na escola. Se está passando de ano e não está aprendendo, é porque está errado. É preciso melhorar a qualidade de ensino e valorizar os professores."

17h51 - Skaf diz que pretende fazer a revolução na Educação em nove anos. "Eu não vou precisar ficar nove anos, você em quatro anos implanta de tal forma que a coisa fica irreversível, a cultura vira esta, ninguém vai conseguir fazer ao contrário."

17h47 - Skaf lembra que no Sesi fez estudo em tempo integral e diz que vai fazer o mesmo no Estado e fala que quer investir em construção de quadras e laboratório. "É importante buscar excelência de educação."

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17h46 - Perguntado sobre projetos de usinas nucleares, Skaf diz desconhecer o assunto e diz que irá se aprofundar e convida o eleitor que fez a pergunta a voltar ao assunto em outra oportunidade.

17h43 - Para chegar ao segundo turno, "é preciso fazer o que eu estou fazendo. Tenho dado entrevistas, como esta, tenho caminhado, conversado com as pessoas, feito viagens. Depois do horário eleitoral, converso com eleitores no meu site, temos o programa eleitoral, os debates, o material de rua. Enfim, a somatória de tudo isso, daqui a 30 dias, nós vamos ver. Eu sou a novidade, nem teria como ter um alto índice agora. Mas eu tenho muita fé. Espero poder contar com a confiança do eleitor."

17h41 - "Não tenho acompanhado a parte financeira, tenho pessoas sérias acompanhando isso. Os recursos estão sendo captados, as contas estão sendo pagas, estou satisfeito."

17h39 - Atrás na disputa, Skaf diz que as pesquisas são "prognóstico, fotografia do momento". Relata ter pesquisa sinalizando 5%.

17h37 - Skaf diz que com o trem-bala será possível com que pessoas morem a até "50, 60 km" Rio e de São Paulo e se desloquem com o trem de alta velocidade.

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17h35 - "Nós estamos muito atrasados com o transporte sobre trilhos", diz. "Há necessidade de ligação sobre trilhos entre Viracopos/São Paulo, Viracopos/Guarulhos."

17h33 - Perguntado se há desconforto com a presença do marqueteiro Duda Mendonça, envolvido no mensalão, em sua campanha, Skaf diz não desconhecer os problemas pessoais do publicitário e que nem o conhecia. "Não vejo nenhum desconforto não."

17h30 - Perguntado sobre suas diferenças com Mercadante, Skaf diz que aceita todos os apoios, como Lula e Dilma. "Minha preocupação é mostrar o candidato. Quem será o governador sou eu. Tenho apresentado minhas ideias, trazer essa visão do setor privado de trazer resultado para as coisas. O principal problema é falta de gestão. Minha preocupação é pedir um voto de confiança porque todos os outros já tiveram oportunidade."

17h27 - Antônio Carlos, de Sorocaba, pergunta sobre a greve do Judiciário. Skaf diz defender a independência do Poder Judiciário. "O Poder Judiciário não dependeria do Executivo aprovar seu orçamento. Se fosse governador de São Paulo, tentaria colaborar com o presidente do Tribunal porque essa greve atrapalha a população."

17h25 - "Houve uma melhora muito grande" na questão da distribuição de renda, diz o candidato. "Agora eu acho mais importante a oportunidade de crescimento das pessoas, as pessoas crescem através do conhecimento, através do emprego. Mas numa situação emergencial eu não sou contra atendê-las num programa como o Bolsa Família", completa.

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17h22 - Para Skaf, é necessário facilitar para que as empresas tenham "o maior acesso possível à inovação, à tecnologia, e vencer a concorrência, superar a exportação de commodities, que hoje nós somos exportadores de commodities."

17h19 - "Sempre fui crítico dos juros altos. Há o problema cambial que tira a competividade dos produtos brasileiros. Há uma burocracia para se utilizar dos investimentos."

17h17 - Para Skaf, o bom momento da economia confunde os eleitores, se é mérito do governo estadual ou federal, mas que está claro para as pessoas que a saúde, a educação e a segurança estão muito ruins. "É importante que fique claro para as pessoas que o bom momento da economia é mérito do governo Lula."

17h13 - "Eu não entraria na política aos 55 anos, me licenciaria de grandes entidades, como Fiesp, Senai, para ajudar alguém a atingir algum objetivo. Entrei para trazer uma novidade, reclamava muito dos políticos. Há tanta coisa para ser feita... Se estão há tanto tempo no poder, por que não fizeram? Eu entrei nessa disputa para ir ao segundo turno, para vencer a eleição." Skaf também reivindica para si o mérito de ter derrubado a CPMF.

17h11 - Adriana Carranca pergunta se há constrangimento com o apoio de Dilma, que também apoia o candidato em São Paulo. "Constrangimento nenhum", respondeu o candidato. Skaf lembrou a visita de Dilma ao Senai, que foi dirigido pelo candidato. "Agradeço muito a ela, como apoio a candidatura dela também."

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17h09 - André Mascarenhas pergunta como um empresário virou socialista. Para Skaf, o socialismo moderno é preocupado com dar oportunidade a todos, e o melhor jeito de fazer isso é com educação. Skaf diz que os melhores gestores são do PSB.

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