Feldmann se disse desanimado com o cenário político brasileiro atual e planeja se dedicar somente ao movimento ambiental. "Quero trilhar meu caminho pela sociedade civil. Os partidos perderam muito do seu conteúdo. São menos políticos e mais eleitorais. Essa é a verdade", considerou.
As críticas aos partidos, segundo ele, também cabem ao PV. "O partido precisa se democratizar. Caso contrário vai se esvaziar ainda mais e outras lideranças tenderão a migrar para outros partidos", avalia. Após as eleições presidenciais, Marina deu início a um processo de discussões para promover mudanças na estrutura da sigla, iniciativa mal recebida por parte do partido. Desde então, o PV convive com disputas internas e alguns aliados de Marina dão como certa sua saída.
O ex-candidato disse não ter prazo definido para deixar a vida política e que discute seu futuro com amigos. "Não tenho pressa de tomar essa decisão." Aos 55 anos, Feldmann atua na área ambiental desde 1970. Foi eleito deputado federal por três vezes (1986-1998), candidato à Prefeitura de São Paulo (1996) e secretário estadual de Meio Ambiente no governo Mário Covas (PSDB). Já foi filiado ao PMDB e ao PSDB, e desde 2005 está no PV. Em 2010, disputou o governo do Estado e recebeu 940.379 votos (4,13% do total).