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Encontro Nacional do PMDB vira palco para força de Sarney

Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo

Por Bruno Siffredi
Atualização:

BRASÍLIA - Com a presença de apenas dois dos cinco governadores do partido, o encontro nacional do PMDB acabou se transformando em um palco para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Um dia depois de conseguir manter o Ministério do Turismo nas mãos do PMDB do Maranhão, mesmo depois das denúncias de corrupção envolvendo seu afilhado político Pedro Novais, Sarney foi reverenciado pelo PT e pela presidente Dilma Rousseff.

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Idealizado para turbinar algumas candidaturas peemedebistas nas eleições de 2012, em especial a do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) à Prefeitura de São Paulo, o Fórum Nacional do PMDB foi salvo pela presença da presidente Dilma, que tirou o foco da demissão de Novais. Ela fez o discurso que o partido queria ouvir: a aliança com o PMDB é essencial para o bom andamento de seu governo. Essa parceria, disse ela, "se estabelece no relacionamento profícuo e de confiança que tenho" com vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

A presença de Dilma não "ofuscou", no entanto, as ausências do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito carioca, Eduardo Paes. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, também não apareceram.

Cabral e Paes tentaram emplacar no lugar de Novais o deputado licenciado Leonardo Picciani (RJ). Ambos temiam que Dilma acabasse cedendo ao vice-presidente Temer e deslocasse para o Turismo o ex-governador fluminense e atual ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco.

Além das mudanças no Turismo, Cabral e Paes deixaram de comparecer ao encontro do PMDB em represália à proposta do governo de divisão da produção e comercialização dos royalties do pré-sal. Os dois avaliam que o Rio sai perdendo no formato proposto pelo governo.

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O momento "saia justa" do fórum sobroou para o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Na presença do secretário-geral do PT, Eloi Pietà, e minutos antes da chegada da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do líder do PT no Senado, Humberto Costa, Raupp voltou a defender a candidatura própria à Presidência em 2014. Por sorte, Temer que tem pretensões de repetir a chapa, não havia chegado ao encontro.

Durante o Fórum, o partido lançou uma carta com 15 compromissos com a sociedade. Um dos pontos é a "garantia de liberdade de imprensa, que é a luta nossa desde a criação do MDB".

 

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