Sobre a tendência do eleitorado, Dantas falou da infidelidade dos eleitores. "Segundo pesquisas, a característica do eleitor é mais relevante do que o apoio do candidato que ele votou no primeiro turno. Ou seja, não é porque eu tenho uma afinidade com a sua proposta que eu vou para onde você vai", disse.
Sobre Celso Russomanno (PRB), ele diz que o candidato surgiu como uma surpresa. "Esperava-se que ele caísse antes. Deveria ter caído, mas só caiu quando os adversários perceberam que precisavam de uma ação mais incisiva", disse.
Ele avalia que Russomanno teve forte apoio do eleitorado conservador. "Há uma probabilidade maior desse eleitorado se aproximar de José Serra (PSDB) do que Fernando Haddad (PT)", afirmou.
Ele afirmou que chegou-se a considerar que Serra estaria fora do segundo turno, mas que ele chega agora como o mais votado. "O panorama para o segundo turo é indefinido", analisa.
Dantas disse que há boas justificativas para os dois partidos acusarem um ao outro, citando o mensalão e a rejeição de Serra em São Paulo. "É importante ver o passado, mas precisaria ter uma discussão de uma forma mais consistente o que eles pretendem para a cidade".