A pré-candidata do PT Presidência, Dilma Rousseff, negou nesta segunda-feira, 17, que o PT tenha aparelhado ministérios e agências reguladoras. Em entrevista à rádio CBN, a ex-ministra disse que o aumento de cargos comissionados no governo serviu para tornar o governo "mais eficiente". Para Dilma, o País precisa de "mais engenheiros, mais técnicos, mais professores e menos auxiliares de serviço geral".
"Nós tivemos que ampliar os quadros em comissão por um motivo muito simples", disse a pré-candidata petista. "Quando cheguei no Ministério de Minas e Energia, um ministério que cuida de questões tão relevantes como o petróleo, o gás, a energia elétrica e as energias renováveis, tinha um engenheiro na ativa pra vinte motoristas."
"O Brasil não precisa aumentar o estado, o estado tem que se mais eficiente", observou.
A pré-candidata petista afirmou ser favorável a uma reforma para tornar o governo federal "mais eficiente", mas não necessariamente com menos funcionários. "Eu diria o seguinte: mais engenheiros, mais técnicos, mais professores e menos auxiliares de serviço geral. Você tem de mudar a relação técnica que há dentro do estado brasileiro", observou.
Agências
Para a Dilma, o fato de um novo quadro das agências reguladoras ser indicado por um partido político não exclui os critérios técnicos. "É fundamental que a gente perceba que a indicação política tem que preencher critérios. Aliás, é bom que se diga, as agências são aprovadas pelo Congresso Nacional", lembrou.
Aparelhamento
Dilma rebateu as críticas do pré-candidato do PSDB, José Serra, que havia dito em sua entrevista à rádio que o PT é "o partido do aparelhamento". "É difícil quando você coloca todas as coisas com um rótulo", disse Dilma sobre a declaração de Serra. "O presidente da Agência de Transportes de São Paulo é um deputado federal do PSDB. Nem por isso tenho que pensar que a agencia está aparelhada", acrescentou a ex-ministra.