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Articulação de Marta Suplicy em campanha de Mercadante irrita cúpula petista em São Paulo

Por Rodrigo Alvares e Fabio Leite

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Por Camila Tuchlinski
Atualização:

Pivô do impasse em torno da definição do vice na chapa do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, a ex-prefeita da capital e pré-candidata ao Senado, Marta Suplicy, foi duramente criticada nesta quinta-feira por integrantes da coordenação da campanha petista por tentar impor o nome do deputado federal Antonio Palocci como seu suplente enquanto o partido negocia a vaga com o PDT em troca da indicação do senador Eduardo Suplicy como vice.

 Foto: Estadão

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"Marta sabe o limite das coisas", disse Emídio de Souza.

Foto: Werther Santana/AE - 30.04.2010

O coordenador da campanha de Mercadante, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, mandou um recado à pré-candidata: "Marta sabe o limite das coisas. Não é ela que decide a suplência sozinha. A eleição dela não é isolada", afirmou."Não vai ser a vontade da Marta. No PT as coisas não funcionam assim. Ela não está por cima para querer impor as coisas", criticou uma liderança petista próxima à ex-prefeita.

O desabafo ocorre um dia após o presidente estadual do PDT, o deputado federal Paulinho da Força, soltar nota à imprensa com um veto ao nome do senador Eduardo Suplicy como vice de Mercadante e impondo em tom ameaçador o nome do deputado estadual Major Olímpio para o cargo. "Nosso acordo é que o PDT indique o vice. O vice é este", escreveu o pedetista.

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"Tudo isso faz parte desse momento de decisão. Em coligação, ninguém pode impor nada. Nem nós, nem eles", ponderou Emídio. Para um outro petista, Marta está "dificultando para ganhar terreno no partido" e a indicação de Olímpio para a vice não agregaria votos à chapa. "Votos da PM não elegem governador", disse referindo-se ao fato do deputado ter sido oficial da Polícia Militar por 29 anos. "Ele é um bom vice do ponto de vista da coerência, mas não tem votos".

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