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Após derrota de Serra, vereador tucano diz que PSDB precisa se renovar

Guilherme Waltemberg e Alvaro Campos, da Agência Estado, e Ricardo Chapola, de O Estado de S. Paulo

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Por João Coscelli
Atualização:

SÃO PAULO - O vereador reeleito e líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, Floriano Pesaro, afirmou que o momento é de "renovação" dentro do partido, ao se referir à derrota do candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra. De acordo com Pesaro, a conquista de Haddad mostrou "a importância de um partido ter quadros novos".

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"Isso mostra um sentimento que já havia sido detectado (pela mídia) da importância de termos quadros novos (nas eleições). O PT soube trabalhar isso melhor que o PSDB", avaliou o vereador, ressaltando o fato de que nos últimos dez anos o PSDB lançou para as eleições majoritárias para o Estado de São Paulo e para a Presidência apenas o governador Geraldo Alckmin e o candidato José Serra.

"O PT vem testando novos nomes, o que não necessariamente quer dizer novas ideias. Eles testaram o José Genoino (para o governo do Estado), o Aloizio Mercadante (para o governo do Estado) e a Marta Suplicy (para a prefeitura)", disse.

De acordo com o vereador, a renovação que seu partido precisa vivenciar inclui uma revisão da "forma de se comportar e um regaste do legado do PSDB". "Temos que voltar às origens da época do (ex-governador) Franco Montoro. Não temos somente que mostrar novas caras, mas pensar as nossas origens", afirmou.

Mesmo com a proposta de renovação, Pesaro avalia que não foi um erro do PSDB lançar José Serra para a Prefeitura, afirmando que o candidato apenas respondeu a um pedido do partido. "O Serra foi grande nesta eleição. Respondeu a um pedido do partido e se comportou como um estadista. É um orgulho para os tucanos", disse.

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Oposição. A bancada do PSDB na Câmara dos Vereadores, que é parte da base de sustentação do governo Gilberto Kassab (PSD), irá migrar para a oposição com a chegada do petista Fernando Haddad ao poder. De acordo com o vereador, a bancada já está preocupada com o possível "aparelhamento" da prefeitura. "O PSDB agora está na oposição, uma oposição fiscalizadora. Estamos preocupados com o aparelhamento da máquina, que é uma tendência do PT", disse.

 Foto: Estadão
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