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Haddad descarta PSD 'fazendo oposição sistemática' em SP

O Estado de S.Paulo

Por Ricardo Chapola
Atualização:

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que mantém um bom diálogo com o atual prefeito Gilberto Kassab, e que não vê "hipótese" do partido dele, o PSD, fazer oposição sistemática ao seu governo na Câmara Municipal de São Paulo. "Não imagino o PSD fazendo oposição sistemática", disse o petista, em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, 29, informando que na terça-feira, 30, se reunirá com Kassab e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 Foto: Estadão

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No momento em que a legenda liderada por Kassab se aproxima do governo federal, Haddad disse conhecer alguns vereadores eleitos pelo PSD e, citando o atual presidente da Câmara, José Police Neto, disse acreditar no apoio de partidos que hoje são oposição ao PT às suas propostas. "Acho que vai haver um bom entendimento", reiterou. No entanto, Haddad revelou que ainda não há tratativas para uma aproximação formal entre PT e PSD na cidade de São Paulo.

No encontro que terá na terça-feira com Alckmin, Haddad disse que tem expectativas positivas em relação ao trabalho em conjunto com o governador. Haddad revelou que recebeu no final da noite de domingo, 28, após a proclamação do resultado das urnas, a ligação do governador. Aos jornalistas, Haddad disse que sempre colocará o interesse público acima das divergências partidárias. O prefeito eleito enfatizou que pretende continuar e aprofundar os projetos em curso entre os governos municipal e estadual e que, inclusive, está disposto a discutir a construção de creches em terrenos cedidos pelo Estado ao lado de estações de trem. "É dever do prefeito buscar a qualidade de vida de sua gente", pregou o petista, que também se ofereceu para colaborar na área de segurança.

Nesta manhã, Haddad se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, onde foi estabelecido a criação de uma equipe de transição para tratar dos assuntos de interesse da Capital paulista junto à União, entre eles, a renegociação da dívida do município. O assunto deverá voltar à pauta na próxima semana, quando o novo prefeito se encontrará com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com Haddad, o objetivo é estreitar o relacionamento entre a maior cidade do País e o governo federal, inaugurando, a partir de seu governo, um novo modelo de tratamento. "É uma reconciliação, de certa maneira, de São Paulo com o Brasil, é dessa forma que a periferia também vai se conciliar com o centro (de São Paulo)", disse o petista, enfatizando que é a primeira vez que a Presidência da República elege o prefeito da Capital paulista.

Perguntado sobre a presença do presidente estadual do PP, deputado federal Paulo Maluf, em sua festa da vitória na noite de domingo, Haddad lembrou que a aliança com o partido se deu através do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e que a sua relação com Maluf é institucional. "Trato todo mundo pelo mandato que tem. Trato todo mundo com educação", respondeu. Sobre a composição de seu secretariado, Haddad disse que ainda vai definir os critérios para a indicação de seus auxiliares e que não trabalhará com "indicações de ordem pessoais". "Seremos muito criteriosos na escolha dos nossos colaboradores", avisou. Haddad disse estar aberto para ouvir sugestões "até de quem não é político", como cientistas, artistas, lideranças comunitárias e os seus colaboradores que trabalharam no plano de governo. De acordo com ele, ainda não há negociações para indicações em curso.

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Para o petista, sua vitória se deve a uma soma de fatores, como os apoios construídos durante a campanha, as lideranças do partido, a atuação do governo federal, a militância petista, o seu plano de governo e sua "performance razoável". "Tivemos uma combinação virtuosa desses fatores", disse. Apesar de ter dificuldade em quantificar o peso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua candidatura, Haddad fez questão de enfatizar que sua vitória também é a vitória do ex-presidente. "Não há como negar a vitória do presidente Lula." TEXTO: Daiene Cardoso, da Agência Estado - BLOG AO VIVO: Ricardo Chapola, de O Estado de S.Paulo

Leia os principais trechos da coletiva: 

18h05: Fim da coletiva.

18h02: O candidato eleito afirmou que nenhum veículo de comunicação terá vantagens durante sua gestão em relação ao acesso à informação. "Qualquer veículo de comunicação que demandar uma informação oficial vai tê-la dentro do prazo da lei", afirmou Haddad.

17h56: Haddad voltou a enfatizar que não acha que o PSD faça oposição sistemática na capital. Sinal disso, afirmou, lembrou da abertura que Kassab apresentou no último domingo para a formação do governo de transição. "Isso para mim significa diálogo".

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17h52: O projeto do Bilhete Único Mensal, outro mote do programa de Haddad na campanha, será enviado para a votação à Câmara dos Vereadores o quanto antes, segundo o candidato. Ele disse que não espera resistências da parte dos parlamentares, pois foi uma proposta bastante discutida na campanha. "No segundo ano de governo (espero que )isso já esteja equacionado".

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 17h46: "Eu não imagino o PSD fazendo oposição sistemática em SP. Não consigo ver essa possibilidade", disse Haddad ao ser indagado sobre sua expectativa de apoio do partido do atual prefeito Gilberto Kassab.

17h41: O candidato eleito admitiu que a sua eleição foi uma vitória do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Mas ressaltou que sua vitória é consequência de uma conjuntura de outros fatores. "Em se tratando do maior líder político da história recente desse País, considero também uma vitória do presidente Lula".

17h40: "Vamos intensificar as parcerias com o governo do Estado", afirmou Haddad, ao citar como exemplo a questão das creches. "O governo do Estado teria muitos terrenos disponíveis em áreas próximas ao metrô para a construção de creches. Eu vou querer esses terrenos".

17h35: "Não trabalho com indicações de caráter pessoal", afirmou o candidato eleito, questionado se Maluf terá poder de indicar nomes para compôr o secretariado da nova gestão.

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 17h31: Haddad responde pergunta sobre a presença do deputado Paulo Maluf (PP) na festa da vitória do candidato. O petista evitou fazer aparições públicas com o deputado durante a campanha, pregando durante esse período o discurso da ética. Haddad disse que não destrata as pessoas porque é bem educado. "Eu sou uma pessoa bem educada e não destrato ninguém".

17h30: Haddad afirmou que o Arco do Futuro, mote de seu programa de governo do candidato eleito, vai ser escorado na modificação de 5 leis: o Plano Diretor, a lei de zoneamento, as leis de operações urbanas, o Código de Obras e as leis tributárias. "O que chamo de reforma urbana é a reforma dessas 5 leis".

17h22: Haddad exaltou ter conseguido vencer a eleição em Santa Ifigênia, no centro de São Paulo. A região é um tradicional reduto do PSDB.

17h18: Na avaliação de Haddad, é preciso repensar a Guarda a Civil Metropolitana (GCM) no que diz respeito ao número de guardas que estão encostados. O candidato eleito afirmou que cerca de 30% do efetivo estão nessa condição.

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17h14: Sobre segurança, Haddad afirmou que enfatizará o papel social da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Operação Delegada. Segundo disse, a falta de segurança não é um problema que só envolva "a questão de presença física, mas também de ação social e ação de monitoramento." Disse também que vai reforçar o caráter comunitário na segurança pública.

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17h12: "Precisamos construir consensos com a oposição, sobretudo no que diz respeito à reforma urbana", afirmou Haddad.

17h10: O candidato eleito disse que não descarta a possibilidade de haver fusão de secretarias em sua gestão. Ele disse ainda que não há nomes cogitados para compôr seu secretariado. As tratativas devem começar a partir da semana que vem.

17h06: Questionado sobre o que vai fazer para sanar os problemas de moradias em SP, Haddad afirmou que vai priorizar a aprovação de uma reforma urbana na capital. "Precisamos aprovar no primeiro ano de gestão."

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17h03: Haddad afirmou que quer inaugurar um novo padrão de relacionamento com o governo federal. "Nós não queremos que seja episódico", afirmou.

17h: A primeira pergunta respondida por Haddad foi sobre seu encontro com a presidente Dilma Rousseff, que aconteceu na manhã desta segunda-feira, 29. O candidato eleito respondeu que é fundamental manter o alinhamento entre o município, o Estado e o governo Federal. "Amanhã eu tenho reunião com o governador Alckmin e com o prefeito Gilberto Kassab (PSD)"

 

 

 

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