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Por Estadão
Atualização:

Se um marciano pousasse na Terra e lesse os jornais do Brasil e dos Estados Unidos nos últimos dias, acharia que pertencemos a dois planetas diferentes. Enquanto o noticiário brasileiro foi dominado pelo colapso das negociações comerciais em Potsdam, o futuro da Rodada Doha, subsídios agrícolas, os periódicos americanos ignoraram solenemente o assunto, dandos materinhas insignificantes aqui e ali, com exceção de um tardio editorial no Washington Post de domingo.

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Já a primeira entrevista de Paris Hilton fora da cadeia - será para NBC? Para ABC? - foi o assunto. Larry King, o mais manso dos entrevistadores, levou, mais uma vez. Ele vai veicular bate papo com a loira recém-saída da prisão, na quarta-feira, na CNN.

Nessas, o ex-vice-presidente Al Gore continua circulando pelo país para lançar seu livro The Assault on Reason (o ataque contra a razão), onde ele expõe sua tese sobre a idiotização da mídia americana, dominada por Paris, Lindsays e quetais. A epifania que Gore teve ao assistir os shows de infotainment não é nada original - mas tem a vantagem de ser endossada a cada minuto.

PS - Veja bem, não estou dizendo que a mídia brasileira não veicule notícias fúteis (egressos do Big Brother, isso é com vocês)

DA SÉRIE RECÉM-CRIADA FRASES EXCELENTES

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"Nós somos o único país desenvolvido do mundo onde ninguém nem sabe o nome do ministro do meio-ambiente - o chefe da Agência de Proteção ao Meio-Ambiente (EPA). Quem quer que seja - e a maioria das pessoas nem sabe se é ela ou ele - está num programa de proteção a testemunhas há seis anos. Até os Democratas conquistarem a maioria no Congresso, nenhum ministro do meio-ambiente de Bush se apresentou ao comitê da Câmara responsável por energia e clima.", do deputado democrata Edward Markey.

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