Lula e a utopia do "espaço aberto" aos imigrantes

O presidente Lula declarou nesta sexta-feira, na cúpula do Mercosul, que o bloco "não criminaliza a imigração". "Aqui construímos um espaço aberto", declarou o quase ex-presidente, em mais uma canelada nos EUA e na Europa, que têm ampliado as barreiras aos imigrantes.

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Um exame apenas superficial do tema, porém, revela que o presidente, mais uma vez, deixou-se enamorar pelo som de sua própria voz, ignorando as condições sub-humanas em que vivem os imigrantes bolivianos e paraguaios no Brasil e na Argentina.

PUBLICIDADE

Recentemente, os argentinos testemunharam o ataque xenófobo a um assentamento desses imigrantes, sob o olhar indiferente do governo de Cristina Kirchner. No Brasil de Lula, por sua vez, os trabalhadores bolivianos são tratados como escravos.

Com o crescimento da economia brasileira, é muito provável que, num futuro próximo, a imigração seja uma questão cada vez mais aguda no país, porque será essa mão de obra barata que será recrutada para fazer o serviço desprezado pela classe média em expansão. A despeito da utopia demagógica lulista, esses indivíduos já são tratados como cidadãos de segunda classe, algo muito próximo do racismo "cordial" tipicamente brasileiro.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.