Não havia outro mediador disponível. O Brasil se desqualificou como tal no minuto em que aceitou que o deposto Manuel Zelaya fizesse da embaixada brasileira em Tegucigalpa um quartel para suas investidas contra os opositores. Ademais, o governo Lula, ao se negar a conversar com os "golpistas", fechou as portas da diplomacia - um erro que o zeloso Itamaraty não comete quando se trata de conversar com Irã, Venezuela, Bolívia e Sudão, entre outras "democracias". Se o caso de Honduras era um teste para a pretensão brasileira à liderança regional, o Brasil não passou.