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PT deve comandar Comissão de Direitos Humanos mas Bolsonaro será membro titular

Pressionado pela opinião pública, o PT decidiu que vai reivindicar a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A decisão foi tomada hoje para impedir que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) se eleja presidente da Comissão e mantenha a linha ultra conservadora adotada na pauta de discussões da Direitos Humanos enquanto o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) esteve no seu comando.

Por Marcelo de Moraes
Atualização:

Ainda não está definido quem será o parlamentar indicado pelo PT mas uma das possibilidades é aguardar pela volta da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário (RS), que vai se desincompatibilizar do cargo para voltar ao Congresso e concorrer à reeleição em outubro.

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Apesar de ver frustrada a chance de presidir a Direitos Humanos, Bolsonaro já acertou com o líder do PP, Eduardo da Fonte, sua indicação como membro titular da Comissão. "Poderei apresentar os requerimentos que eu quiser. Por exemplo, sugerir audiência para discutir a aprovação da pena de morte", afirma o deputado polêmico por suas declarações.

Na semana passada, Bolsonaro provocou a movimentação do PT em torno da comissão quando, em entrevista ao blog, afirmou que as pessoas sentiriam "saudades de Feliciano se ele virasse o presidente da Comissão", prometendo radicalizar mais ainda seu discurso conservador, propondo redução da maioridade penal, discussão da adoção da pena de morte, barração de adoção de filhos por casais gays, entre outros pontos.

"Espero que o Feliciano também seja titular da Comissão para que a gente possa atuar juntos", diz.

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