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Estratégias eleitorais, marketing político e voto

Relação estremecida

Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan, maior produtora de etanol do mundo, criticou ontem à noite o governo da presidente Dilma Rousseff em um evento em Nova York  e foi aplaudido de pé por uma plateia de cerca de 600 pessoas, a maior parte delas investidores e representantes de empresas brasileiras nos Estados Unidos.

Por Julia Duailibi
Atualização:

Em cerimônia da Brazilian-American Chamber of Commerce, na qual foi homenageado, Ometto disse que o governo atuava com "mão de ferro" na economia, atrapalhava o setor produtivo e, portanto, o País. Criticou o intervencionismo da gestão Dilma, citou como exemplo o controle do preço da gasolina para conter a inflação e falou que a Petrobras ficava em situação delicada com essa política. O empresário usou ainda os Estados Unidos como exemplo de País em que o governo promove a livre iniciativa, enquanto no Brasil a situação seria inversa, com o governo regulando a ação dos empresários.

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Ometto foi premiado pela entidade como Homem do Ano, ao lado de Sergio Marcchione, da Fiat. O setor do etanol vive uma das maiores crises da história e culpa pela situação a política econômica de Dilma, que segura o preço da gasolina e reduziu a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

Desde que assumiu o governo, em 2011, Dilma mantém uma relação difícil com os empresários, que a acusam de ser fechada e de não ouvir o setor produtivo. Neste ano eleitoral, a presidente começou a trabalhar para melhorar a interlocução do Palácio do Planalto com o empresariado.

 

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