Mas os tucanos empurram a decisão com a barriga. Na segunda-feira, em encontro no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin questionou o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra (PE), sobre a disputa em Recife. ACM Neto também esteve em São Paulo, na quinta-feira passada, para conversar sobre sua pré-candidatura.
Em Salvador, os tucanos abririam mão da pré-candidatura de Antonio Imbassahy. Em Recife, o apoio seria mais estratégico. A ideia é dar tônus ao DEM para eleger, na disputa de 2014, uma bancada mais robusta, incluindo nela o ex-vice-presidente Marco Maciel."Ninguém acredita que o DEM irá vencer o candidato do governador Eduardo Campos em Recife", diz um líder do próprio partido.
Por enquanto, Guerra resiste a apoiar o DEM - ele quer lançar candidato próprio em Recife, o deputado estadual Daniel Coelho. E os tucanos paulistas, que querem que a amarração nas duas capitais passe pelas negociações sobre o vice numa chapa de Serra, estão decididos a esperar pela posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o tempo de TV do PSD, do prefeito Gilberto Kassab. A decisão, se favorável ao PSD, pode afetar o poder de negociação do DEM. Mas deve demorar mais de mês para sair.