Padilha saiu do Ministério da Saúde no final de janeiro para se tornar pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Um mês antes, Vargas destacou nas redes sociais o empenho do então ministro na liberação da verba para dez prefeituras que compõem a sua base eleitoral no Paraná - quem formalizou o ato, por meio da portaria 3.714, de 24 de dezembro de 2013, foi Márcia Aparecida do Amaral, que era ministra interina na véspera do Natal.
Desde o começo da semana, o PT atua para evitar que a crise envolvendo Vargas atinja as candidaturas de Padilha e da senadora Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná. A direção do partido quer que ele renuncie ao mandato de deputado. Lula disse ontem que Vargas precisa explicar sua relação com o doleiro para o PT "não pagar o pato".
O PSDB do governador Geraldo Alckmin já pretende usar a relação do ex-ministro com Vargas na eleição deste ano. Ontem, tucanos ajudaram a espalhar pela rede um vídeo em que Padilha pede votos para Vargas na eleição de 2010. Na ocasião, o ex-ministro falou: "Aqui no Paraná vote em André Vargas para deputado federal. Defendeu Lula, vai defender Dilma".