No segundo semestre do ano passado, o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), esteve em São Paulo durante o seu périplo para conseguir apoios que garantissem a eleição de sua mãe, Ana Arraes, para o Tribunal de Contas da União (TCU). A campanha o levou a tomar um café com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes.
Foi então que os dois falaram pela primeira vez sobre 2012. Alckmin disse estar disposto a apoiar a candidatura de Jonas Donizette (PSB) a prefeito de Campinas. E Campos sinalizou com o apoio ao PSDB em São Paulo, mas fez uma ressalva: "Desde que o candidato não seja Serra". Aliado do PT no plano nacional, Campos avalia ser complicado apoiar o inimigo dos petistas - o governador pernambucano é cotado para ser vice numa eventual reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Além disso, na época da conversa, o veto nem chamou a atenção dos tucanos, já que Serra dizia que não era candidato, e Alckmin flertava com uma candidatura de Bruno Covas.
Mas agora o candidato do PSDB deve ser Serra. E o PSB discute qual caminho seguir: Campos querendo apoiar o petista Fernando Haddad, enquanto Márcio França e Elizeu Gabriel, presidente do PSB paulistano e aliado de Gilberto Kassab, preferindo seguir com os tucanos.
Nesta semana, Dilma e Campos falaram sobre o enrosco. Serra também atuou e conversou nesta quarta-feira com França e Gabriel. O impasse deve começar a ser resolvido no final de semana, quando o governador pernambucano desembarca em São Paulo para conversar com os líderes do partido.
A decisão do PSB envolverá a estratégia do partido não só em 2012, mas também em 2014 e 2018. Haja fôlego.
Detalhe: o PSB tem 2min38s diários na propaganda eleitoral gratuita na TV, atrás do DEM, PP e PR.