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Movimentação de Haddad causa apreensão entre tucanos

A movimentação do prefeito Fernando Haddad (PT), que pela manhã admitiu que pode rever o aumento na passagem de ônibus, causou apreensão entre integrantes do governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Por Julia Duailibi
Atualização:

Tucano e petista pretendiam manter o discurso afinado a respeito do aumento nas tarifas de ônibus, trem e metrô. A ideia era manter a posição conjunta de que, do ponto de vista orçamentário, não era possível um recuo. Alckmin conversou por telefone com Haddad hoje à tarde e ouviu do prefeito, de novo, que não haveria como recuar do aumento de R$ 0,20. Integrantes das duas equipes também voltaram a conversar e, mais uma vez, houve a confirmação de que nada mudaria. Nas conversas, os dois lados ponderaram que, se os governos cedessem agora, ficariam reféns de novas manifestações.

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Mas, no final da tarde, Haddad se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o marqueteiro do governo e do PT, João Santana. O motivo do encontro foi buscar uma saída para a questão da tarifa do transporte, minimizando, assim, reflexos negativos dos protestos nas imagens de Dilma e Haddad.

A expectativa agora no Palácio dos Bandeirantes é a de que será anunciado algum recuo por Haddad, com o respaldo do governo federal. O que deixaria os tucanos com o abacaxi do aumento da tarifa dos trens e metrô. E isso os tucanos querem evitar, principalmente em véspera de ano eleitoral. Se não for possível dividir o ônus de uma medida impopular, a saída será dividir o bônus de um recuo.

 

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