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Estratégias eleitorais, marketing político e voto

Candidatos focam 'horário eleitoral' do Jornal Nacional

As campanhas dos principais candidatos a presidente da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), dão menos importância ao horário eleitoral que à cobertura do Jornal Nacional, da Rede Globo, o telejornal de maior audiência do País. Nos bastidores, os integrantes das campanhas dizem que a cobertura do Jornal Nacional sobre o dia dos candidatos, que começará em agosto, pouco antes do horário eleitoral na TV, tornou-se mais importante que a propaganda oficial.

Por Julia Duailibi
Atualização:

Minimizam, assim, a vantagem que a líder nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT), tem de tempo de TV do horário eleitoral, que estreia no dia 19 de agosto - a petista terá mais de 11 minutos de exposição contra pouco mais de quatro minutos de Aécio e quase dois minutos de Campos.

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Um dos argumentos usados por tucanos e integrantes da campanha de Campos é o de que a população tende a olhar com menos desconfiança para a informação que vem de um telejornal. A propaganda oficial, comandada pelos marqueteiros dos candidatos, já deixaria o eleitor desconfiado e atento ao "pega na mentira" do candidato.

Além da cobertura do dia a dia dos presidenciáveis, o telejornal deve promover uma sabatina com os principais candidatos, também considerada determinante para o desempenho nas pesquisas - as duas equipes acreditam que seus candidatos têm mais bagagem e desenvoltura que Dilma para esse tipo de entrevista. Em 2010, Dilma se saiu bem na entrevista quando a aposta da oposição era a de que ela seria um fracasso.

As campanhas de Aécio e Campos dizem que o jogo só começará a ser jogado com o início dessa cobertura na TV. A Globo ainda não divulgou os detalhes da cobertura, mas as campanhas afirmam que ela começará no dia 4 de agosto e que os principais candidatos devem ter o mesmo tempo de aparição.

Em 2010, as agendas das campanhas presidenciais eram criadas com o foco nas reportagens sobre o dia dos candidatos que seriam veiculadas no Jornal Nacional à noite. Para integrantes da campanha de Campos, o bom desempenho de Marina Silva (Rede) na eleição daquele ano (ela ficou em 3º lugar com cerca de 20 milhões de votos) está relacionado, entre outros fatores, com a exposição que ela teve no telejornal.

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