Em reunião da bancada antes do feriado, houve avaliação consensual entre os tucanos de que o PSDB não deveria arcar com o ônus de tentar tirar o cargo de Afif. Segundo os parlamentares, "ninguém quer caça às bruxas", e o ex-prefeito Gilberto Kassab, próximo a Afif, ainda é visto como potencial aliado dos tucanos em 2014, quando o governador Geraldo Alckmin tentará se reeleger - a tendência hoje, no entanto, é Kassab apoiar o PT.
O deputado estadual Cauê Macris, relator do processo de perda do mandato, acabou decidindo não se manifestar sobre o mérito da questão, medida que pode ser interpretada como senha para abandonar o caso. Assim, o parlamentar jogará para o colegiado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a decisão sobre seguir em frente com o processo, evitando relacionar o caso ao PSDB. Ele deveria apresentar um parecer até o final desta semana.
Apesar das críticas a Afif no Palácio dos Bandeirantes, a orientação tem sido de evitar o desgaste com o assunto e deixar o ônus da decisão de acumular cargos com o próprio vice.
Na semana que vem, Alckmin faz sua primeira viagem para o exterior, desde que o vice virou ministro. Em tese, Afif terá de assumir o governo do Estado para cumprir com a missão constitucional para a qual foi eleito.