"Fomos para votação. Não teve acordo", disse Semeghini que afirmou ter pedido votos para Matarazzo. "Nós pedimos em nome do governador, mas é difícil. Não deu tempo de montar a chapa. O acordo foi derrotado", disse Semeghini.
"Eles (Covas e Semeghini) vieram aqui fazer um falso acordo. Eu retirei a candidatura porque seria derrotado pelo peso das três secretarias (Energia, Planejamento e Meio Ambiente)", afirmou Matarazzo.
Por trás da disputa, está a eleição de 2016 na capital paulista. Matarazzo é candidato a prefeito pelo PSDB, assim como Covas e Aníbal. Quem controlar o partido agora terá mais condições de pavimentar a candidatura internamente. Mas, independentemente de questões eleitorais, o racha de ontem ainda espelha a disputa de 2008, quando o partido ficou dividido entre os grupos de Alckmin, então candidato a prefeito pelo PSDB, e de Serra, que defendia a reeleição de Gilberto Kassab, que estava no DEM. A diferença é que, dessa vez, Alckmin pediu pelo grupo de Serra em nome da unidade partidária - ele é candidato à reeleição no ano que vem e quer os serristas mergulhados no seu projeto. O próprio secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, já havia defendido o nome de Matarazzo como escolha do Palácio dos Bandeirantes.
"Mais uma vez a história se repete, com os mesmos atores", afirmou o vereador Floriano Pesaro, líder da bancada no PSDB na Câmara. "A cada eleição interna o partido se divide um pouco mais."