O mineiro já tem um publicitário que fez suas campanhas em Minas, Paulo Vasconcellos, que vai continuar colaborando com o senador. Mas a direção do PSDB teve algumas conversas em São Paulo, inclusive com publicitários de grandes agências, para prospectar o mercado. Ainda não conseguiram bater o martelo. Pesam na negociação questões de recursos e disponibilidade dos profissionais.
Aécio quer uma estrutura interna de comunicação bem construída antes de colocar a campanha na rua, que começa timidamente com viagens pelo País. Estão previstas, por enquanto, paradas em São Paulo, em março, para participar de um seminário do PSDB-SP, e Goiás, já na semana que vem. O objetivo das viagens é afinar o discurso com os sete governadores do partido pelo País.
De qualquer maneira, o mineiro vai continuar dosando o discurso oposicionista. Primeiro, por estilo. Depois, por estratégia. Avalia que tem a perder em antecipar a campanha e se colocar como o porta-voz da oposição a mais de um ano da disputa eleitoral. Vira alvo e perde potenciais aliados que hoje estão na base governista. As declarações recentes de críticas ao governo vão acontecer vez ou outra, até como uma sinalização ao público interno. Na lista dos alvos, estarão críticas à Petrobras e à questão energética.
Mesmo sem marqueteiro, os tucanos já estão debatendo as linhas gerais do que deve ser a campanha de Aécio, que será apresentado como o candidato "bossa nova", num contraponto ao que chamam de sisudez de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição - a informação está na coluna de Ilimar Franco, em O Globo, de hoje. "Queremos passar uma ideia de um cara jovem, não carrancudo", disse ao blog um tucano mineiro. "É o Brasil de Juscelino, pé de valsa, alegre", completou.