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Rossi ameaça acordo PMDB/PSDB em SP

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Não é a candidatura própria à presidência defendida pelo governador do Paraná, Roberto Requião (a ser lançada amanhã em Brasília), que mais preocupa a direção do PMDB, empenhada em consolidar a aliança pela eleição de Dilma Rousseff.  A mosca na sopa do presidente Michel Temer é a candidatura própria do partido ao governo de São Paulo que atende pelo nome de Francisco Rossi, deputado com base em Osasco, com histórico de expressivas votações.

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Rossi lançou-se à revelia do partido e sua candidatura ameaça o acordo de Temer com o PSDB paulista, que garante aoex-governador Orestes Quércia a vaga ao Senado.

Requião incomoda mais pela sustentação da tese dentro do partido do que pela possibilidade de concretizar alguma coisa. Um cálculo de Requião indica que 24 diretórios estaduais defendem a candidatura própria, mas a indiferença das lideranças mais expressivas do partido à causa, desautoriza a conta do governador paranaense.

Dos nove governadores do partido, apenas Luiz Henrique da Silveira, de Santa Catarina, aderiu e, dos 19 senadores, só Pedro Simon (RS) e Neuto de Couto (SC), apóiam Requião. Nas contas da direção do PMDB, os acordos com o PT nos estados mais dificeis estão avançando. Se consolidados esses acordos no Pará, Minas, Mato Grosso do Sul e Bahia, a margem de aprovação da aliança com Lula na Convenção Nacional pode ficar segura.

No Pará, a saída pode ser a de dois palanques, como foi acertado na Bahia.  Jader Barbalho e a governadora Ana Julia Carepa topariam essa alternativa à falta de um acordo melhor. Ainda persiste a esperança de que o PT reconheça a liderança de Jader nas pesquisas. Mas Ana Julia sonha com Jader para o Senado, com apoio incondicional do PT e com o seu caminho livre para a reeleição.

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Em Minas Gerais, a proposta de Hélio Costa de aliança em torno daquele que estiver melhor nas pesquisas na hora da decisão, parece se consolidar. Mas a negociação anda junto com a indefinição da candidatura presidencial do PSDB, já que o governador Aécio Neves é que vai liderar o processo estadual.

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