Retratos do Judiciário - PB (III)

PUBLICIDADE

Por João Bosco Rabello
Atualização:

O Tribunal de Justiça da Paraíba ostenta números impressionantes na área de pessoal: 34,3% de sua força de trabalho são de gente requisitada a outros órgãos para ganhar função gratificada. São 968 servidores nessa situação, a um custo mensal de R$ 2,3 milhões, em detrimento do quadro próprio e de concursados que aguardam sua vez na fila. O critério é de escolha pessoal. São 48 os casos de nepotismo direto e 24 indiretos encontrados pelo CNJ após a Lei que proíbe a prática. O Ministério Público estadual encaminha adolescentes para internação provisória, em desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Quase sempre, "por ordem" do promotor de plantão. Faltam servidores nas varas. A do Juri da Capital trabalha com duas servidoras. Na 7ª Vara Cível, o juiz afixou na porta o aviso de que só atende advogados das 11 horas ao meio-dia - e só às quintas-feiras. O sistema não viabiliza a medição de produtividade. O CNJ tentou, mas teve que se limitar a estabelecer prazo para a correção do problema. Há quatro juízes afastados pela Corregedoria.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.